Campus Party começa hoje com reflexão sobre papel da TI no futuro do trabalho

Campus Party Brasil, 2016. Foto: Foto: Murilo Amancio/Divulgação
Campus Party Brasil, 2016. Foto: Foto: Murilo Amancio/Divulgação

Mais de 120 mil visitantes são esperados até o próximo domingo (31) para a nona edição da Campus Party Brasil, evento de tecnologia, inovação e empreendedorismo que começa hoje (26), em São Paulo.

No total, oito mil campuseiros se distribuirão entre as barracas de acampamento organizadas neste ano no Pavilhão de Exposições do Anhembi. Jovens do Brasil todo chegavam entusiasmados na manhã dessa terça-feira munidos de malas abarrotadas, notebooks, monitores e CPUs. 

A edição desse ano se guia sob o tema “Feel the Future” (Sinta o futuro, em tradução livre para o português). 

Durante coletiva para imprensa, Paco Ragageles, CEO e fundador da Campus Party, disse que em, no máximo 40 anos, 40% dos empregos formais, como conhecemos atualmente, serão dizimados. 

“Tudo poderá ser feito por máquinas, até a criatividade, vai ser feita melhor que por nós. A mudança vai ser tão gigante, que temos que pensar no futuro. A tecnologia vai acabar com os empregos, temos que pensar como reformular a sociedade”, observou.

Ragageles falou sobre o projeto “Feel The Future” que terá uma fundação com mais de mil especialistas, entre cientistas e sociólogos, focados em estudar quais tecnologias vão impactar as relações de emprego, quando se efetivarão e o que acontecerá com o planeta. “Vamos propor soluções para os desafios que vão chegar”, explicou.

Além de extensa e intensa programação que termina domingo, visitantes terão a chance de conhecer 200 startups e receber orientações. O evento ainda traz trabalhos de universitários.

Campus Party em Brasília
O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, participou da abertura da Campus Party em São Paulo e aproveitou para anunciar o lançamento do evento em Brasília, que está previsto para o segundo semestre de 2017. 

“Essa é uma vocação de Brasília, ser um grande centro de eventos culturais, esportivos, tecnológicos. Estamos estimulando muito as startups no Distrito Federal, tivemos R$ 5 milhões em promoção de startups. O evento será acolhido com muito entusiasmo por Brasília, especialmente pela juventude”, disse.

Campus Party Brasil, 2016. Foto: Foto: Murilo Amancio/Divulgação
Campus Party Brasil, 2016. Foto: Foto: Murilo Amancio/Divulgação

Desabafo
Francesco Farruggia, presidente do Instituto Campus Party, divulgou durante a coletiva de imprensa uma carta aberta ao Ministro da Cultura (MinC), Juca Ferreira. Farruggia ressaltou que a pasta não concedeu o benefício da Lei Rouanet ao evento.

Por meio do artifício, empresas podem abater de seu imposto a parte da quantia destinada a projetos aprovados pela lei. 

Farruggia lembra que o Ministério da Cultura, por meio da Lei, vinha até então apoiando o evento, o que não aconteceu nesse ano. 

Na carta, o presidente do Instituto diz que “a motivação, expressada por altos funcionários do Ministério, foi de que a Campus Party é um evento de tecnologia”. 

E continua dizendo que “negar incentivo à cultura digital não só é negar o presente, é excluir do futuro milhões de jovens de todo o Brasil. Entender que cultura é só música erudita, música folclórica e livros, além de injusto, é ter uma visão conservadora da cultura. Os criadores de vídeo e arte digitais, designers, músicos digitais, criadores de jogos, blogueiros, modding e tantos outros são expressões de arte e cultura atual”.

Para Farruggia, a decisão do MinC indica discriminação da cultura digital.

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