Ciborgues: Estados Unidos querem implantar chip em “soltados perfeitos”

Cena do remake de Robocop, o ciborgue americano na versão do diretor Alexandre Padilha - Foto: Divulgação
Cena do remake de Robocop, o ciborgue americano na versão do diretor Alexandre Padilha – Foto: Divulgação

Você pode dizer que já viu esse filme antes, mas fato é que o governo militar americano está trabalhando para criar um chip que poderá ser implantado no cérebro de um soldado. O propósito? Conectá-lo diretamente a computadores que podem entregar informações sobre a posição do inimigo, mapas e instruções de batalhas. 

O chip implantado criaria uma geração de soldados ciborgues que estariam mais seguros e seriam melhor lutadores. “Os atuais sistemas de interface cérebro-computador são como dois supercomputadores tentando falar um com o outro usando um velho modem 300-baud”, disse Phillip Alvelda, gerente do programa Neural Engineering System Design do DARPA, a agência de defesa dos EUA. “Imagine o que será possível quando nós atualizarmos nossas ferramentas para realmente abrir o canal entre o cérebro humano e os eletrônicos modernos”, completou.

A DARPA anunciou nessa semana que formou um novo programa para desenvolver uma interface neural – um sistema trabalhando na intersecção de um sistema nervoso biológico e um dispositivo – que criaria uma “transferência de dados e largura de banda sem precedentes” entre um cérebro humano e o mundo digital. 

Pense na interface neural como um tradutor que transformaria sinais digitais em uma linguagem eletroquímica que o cérebro possa ler e vice-versa. A DARPA, que tem foco em tecnologias emergentes para uso militar, quer que a interface neural não seja maior que um centímetro cúbico.

Já existem algumas interfaces neurais aprovadas para uso em humanos, mas elas se provaram até então imprecisas e fornecem informações que mais soam como um barulho do que com dados úteis. 

A agência disse que quer melhorar a tecnologia para que o sistema consiga se comunicar claramente e individualmente em uma região específica do cérebro. O novo projeto de pesquisa militar terá cientistas de várias áreas, incluindo neurociência, biologia sintética, eletrônicos de baixo consumo de energia, fotônica, dispositivos médicos e manufatura. 

Os cientistas precisarão trabalhar em técnicas de neuro-computação e matemática avançada para traduzir a linguagem entre ‘uns’ e ‘zeros’ e linguagem biológica-eletromecânica. A DARPA também espera que importantes nomes da indústria se tornem parceiros na pesquisa, oferecendo protótipos e serviços de manufatura e propriedade intelectual. 


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