Inovação – Por que o Centro de Cultura Judaica de São Paulo sedia esse ciclo sempre encerrando as atividades de um ano?
Yael Steiner – Criei esse ciclo multicultural quando trabalhava em uma produtora. Eu o trouxe para cá como projeto, mas, sete anos depois, assumi a direção do Centro de Cultura Judaica e integramos o ciclo à programação que encerra o ano. Neste final de ano, o ciclo coincidiu com a festa das luzes, o Chanucá, sempre dentro da ideia de multiculturalismo que o centro, aberto ao público e gratuito, oferece à cidade.
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Inovação – Por que o tema inovação e cidades inteligentes?
Yael – Digo que a cidade é o nosso público. O que acontece aqui é uma maneira inovadora de difusão de cultura judaica, sem ser oportunista e integrada à cultura brasileira, propiciando essa catarse que a cultura provoca nas pessoas. São Paulo está se preparando para ser um laboratório criativo de inovação cultural. A cada evento, o que a gente pretende provocar aqui – ou tenta, humildemente – é que o público se entregue a essa experiência inovadora, se entregue para essa Torá aberta, que difunde valores humanistas, universalistas e éticos da cultura judaica por meio das artes e em todas as suas formas.
Inovação – O termo inovação é amplo…
Yael – Acho que inovação faz parte do DNA judaico. Brinco que os judeus são globalizados antes da globalização, porque peregrinaram e mamaram em muitas culturas até chegar a Israel, que hoje é um dos cinco países mais inovadores do mundo. Não há inovação sem adversidade, não há inovação sem superação de obstáculos. Por que Israel se destaca hoje na Medicina, Arte, Educação, em todas as áreas? Porque as pessoas chegaram a um lugar onde não chovia o mínimo necessário para levantar uma semente. Elas irrigaram, criaram tudo porque precisavam comer em uma terra árida. Assim, desenvolveram o país com essa cabeça.
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