Como Chris Anderson fez de um hobby a maior empresa de drones do mundo

Foto: Willian Alves / Campus Party Brasil
Foto: Willian Alves / Campus Party Brasil

“Estamos vivendo um momento onde não há mais nenhum tipo de barreira. Onde todos podem fazer”. O entusiasmo de Chris Anderson, um dos nomes mais citados quando o assunto é tecnologia diz muito sobre os conselhos que o ex-editor da revista Wired dá a plateia durante sua palestra na Campus Party 2015, realizada nesta quarta-feira, 5. 

Anderson compara o movimento maker ou o “faça você mesmo” com a próxima revolução industrial. Algo que segundo ele já está acontecendo. Para ele, o cenário nunca esteve tão propício: hardwares se tornam cada vez mais acessíveis quanto softwares. Lojas virtuais, internet, a possibilidade de financiamento coletivo, internet das coisas. “O relógio que estou usando não foi feito por uma grande empresa e sim por makers”, fala apontando para o Pebble, smartwatch resultado de uma das campanhas mais bem-sucedidas de crowdfunding no Kickstarter. 

Toda essa atual realidade, Anderson compara com a própria trajetória da 3D Robotics, empresa que fundou quando deixou o mercado editorial e hoje é considerada uma das maiores e mais importantes produtoras de drones no mundo. 

Ao co-fundar a 3D Robotics, o próprio Anderson assumiu a vocação de seu discurso. Transformou o hobby de construir robôs – algo que fazia com seus filhos – em uma empresa e convidou para sócio um adolescente que conheceu na internet, no caso o jovem Jordi Munoz, empreendedor de Tijuana, México. “Ele construía coisas no fundo de sua casa com máquinas que comprou no Ebay”, lembra. 

O encontro de Anderson e Munoz só foi possível por meio da Interne, no caso uma comunidade online que o ex-editor da Wired fundou, o  “DIY Drones”, canal também responsável por agrupar makers do mundo todo na construção coletiva de drones. “Nós estamos observando agora o que aconteceu com a Internet há 20 anos”, pontua.

Ao falar sobre a queda de barreiras para a construção de novas tecnologias e produtos,  Anderson ressalta que o próximo Vale do Silício pode acontecer muito bem em qualquer lugar do mundo, incluindo o Brasil. “Vocês têm os melhores engenheiros aqui”, diz a uma plateia atenta. E completa: “façam rápido, façam agora”.

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