Empresas se aliam a startups para se manterem competitivas no mercado

Empreendedores participam das mentorias durante a primeira edição do Braskem Labs - Foto: Divulgação/Braskem Labs
Empreendedores participam das mentorias durante a primeira edição do Braskem Labs – Foto: Divulgação/Braskem Labs

braskem-labsGrandes companhias têm se voltado para startups para se manterem mais competitivas no mercado. A estratégia é conhecida de empresas de capital estrangeiro, desde Google, Microsoft e Facebook, a empresas brasileiras, entre elas Bradesco, Braskem e Porto Seguro. Ao lançarem programas de apoio a empreendedores, companhias já estabelecidas encontram um novo caminho para a inovação, muitas vezes conseguindo acelerar novos negócios e estabelecer potenciais parcerias. 

Em 2014, o banco Bradesco lançou o “inovaBRA”, programa de inovação aberta que incentiva startups com soluções voltadas para o setor financeiro. No ano passado, a Porto Seguro inaugurou a Oxigênio Aceleradora, uma aceleradora própria com o objetivo de impulsionar empresas nascentes e seus produtos.

Já a petroquímica Braskem lançou em 2015 o seu programa de mentorias, o Braskem Labs, em parceria com a Endeavor, agência de fomento ao empreendedorismo. A companhia se prepara para iniciar a segunda turma neste ano, e tem como objetivo encontrar soluções inovadoras e sustentáveis na área da química e do plástico, além de abrir duas vagas para projetos que visam combater o mosquito Aedes aegypti. 

Segundo Patrick Teyssonneyre, diretor de Inovação e Tecnologia da Braskem, algumas das startups que participaram da primeira edição do Braskem Labs continuam próximas da petroquímica. 

“Oito delas estão bem próximas. Para uma das empresas estamos fornecendo a nossa resina de origem renovável, o Plástico Verde, enquanto para outra estamos desenvolvendo solução com a resina. As outras seis estão conectadas de alguma forma, contratando serviço ou oferecendo solução. Então, ainda que formalmente a primeira edição tenha terminado em outubro, o vínculo fica. Tem mentor que ainda está orientando, porque se identificou com a causa”, explicou o executivo.  

O projeto Sistema Pelicano, proposto pelo arquiteto Antonio de Campos Pássaro, do Ovenbird Studio, foi um dos selecionados da primeira edição do Braskem Labs. A solução consegue aproveitar a água das chuvas e filtrá-la, deixando-a livre de sólidos, insetos e folhas, sem quase exigir intervenção humana. Segundo o arquiteto, a natureza modular do sistema permite que os proprietários coloquem os reservatórios em vários locais diferentes como sobre pavimentos, em jardins laterais e outros locais anteriormente subutilizados na casa.

“Eu nunca tinha participado de nenhum processo de startups. Foi uma experiência rica, aprendi muito sobre a importância de concluir etapas desde tirar a ideia do papel a formá-la num negócio”, lembra Pássaro. Antes de integrar o programa, o Sistema Pelicano já apresentava um produto finalizado, no entanto, não contava com um modelo de negócio para ser lançado no mercado.

“Percebi a importância das etapas de validação do produto. Quando a gente cria, instala e usa é uma coisa, mas quando colocamos para um terceiro, surgem dúvidas e necessidade de adaptações para o projeto sair do papel com chances de dar certo”, ressalta Pássaro que diz que o programa de mentorias também serviu para ampliar o público alvo do Sistema Pelicano. Atualmente, o sistema é direcionado desde a residências de alto padrão a casas que contam com problemas de abastecimento e pequenos comércios.

No Brasil, a oferta de startups tem aumentado nos últimos anos. Somente no ano passado, houve um crescimento de 25% no número de jovens empresas brasileiras cadastradas no banco de dados da ABStartups – Associação Brasileira de Startups. 

De acordo com a organização, até então o País conta com mais de 4.100 startups, com concentração maior nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Além de oferecer novas estratégias de inovação para empresas tradicionais, startups também têm impactado positivamente a economia. Em momentos de crise, elas se destacam pelas equipes mais enxutas e processos mais ágeis.

Segundo a ABStartups, a estimativa é que o mercado de startups movimente ao ano, aproximadamente, R$ 2 bilhões e a expectativa é que até 2035 as jovens empresas representem 5% do PIB brasileiro.

Para saber mais sobre o Braskem Labs, acesse o site: www.braskemlabs.com


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