O Google começa a liberar hoje para usuários do Android a possibilidade de navegação offline no Gooogle Maps, recurso apresentado em maio durante o Google I/O 2015. Até terça-feira que vem, todos os usuários de dispositivos Android já deverão ter o recurso habilitado.
A partir de agora será possível fazer o download de mapas de cidades inteiras, ou parte delas, para acesso offline, sem perder alguns recursos como a possibilidade de traçar rotas e acessar informações sobre locais públicos, como restaurantes e museus. O mapa offline também mantém o recursos de navegação passo a passo por voz, para uso no carro.
Vai para uma cidade onde a conexão internet é ruim? Lembre-se de fazer o download do mapa antes. A opção de download substitui integralmente a opção de salvar os mapas offline, com vantagens.
“Até hoje, todas as funcionalidades do Google Maps necessitavam do acesso à Internet. Agora você pode perder o acesso, momentaneamente ou por dias, e ainda ter o aplicativo funcional, com recursos básicos”, explica Marcus Leal, gerente do Maps para a América Latina.
O Brasil entrou na lista de primeiros países a ter o recurso liberado, já que integra o rol dos top 5 em número de donwloads e volume de acessos do Maps. De acordo com o Google Brasil, a penetração de smartphones no país, nos últimos dois anos, ultrapassou a 50% da população brasileira. “Um em cada dois brasileiros usa um smartphone. Mas muitos não têm um plano de dados ativo na hora que mais precisam. O recurso offline é para eles”, explica Leal.
De acordo com o executivo, a intenção do Google não foi ajudar os usuários a economizarem no consumo de dados, embora isso seja possível. Basta que o usuário faça o download do mapa do local desejado e desabilite o roaming ou opte pelo modo avião.
“O que levamos em consideração foi o desempenho. Se a conexão piorar de repente, e o usuário tiver o arquivo do mapa na memória do celular, o aplicativo aciona imediatamente o modo offline e segue nele até a conexão voltar a melhorar. O usuário não verá mais o círculo de carregamento típico da lentidão no acesso a dados”, diz Leal.
Cada arquivo de mapas para acesso offline tem duração de 30 dias. Depois expira, para forçar o usuário a fazer um novo download. “Assim garantimos que o usuário off esteja com as informações mais atualizadas”, diz o executivo. Caso o usuário esteja em uma área com conexão, 15 dias antes do mapa expirar,o aplicativo envia a primeira mensagem alertando para a necessidade de atualização do mapa. E assim sucessivamente, até que o mapa seja atualizado ou expire.
Importante: A área selecionada para o mapa não pode ultrapassar 2,5 GB, desde que caiba na memória do aparelho.. Há também o limite mínimo. Não dá, por exemplo, para selecionar apenas um ou dois quarteirões do bairro. O Google recomenda o uso de 400MB, no máximo. Dá de sobra. O mapa da região metropolitana de São Paulo, por exemplo, baixado durante a apresentação do produto, tem 240MB.
Na próxima versão do Google Maps para Android, a 9.17, o app ganhará ainda a funcionalidade “Seus lugares”, que seleciona os mapas das regiões mais frequentadas pelos usuários. O recurso offline deixará com que o usuário faça o download desses locais já selecionados.
O mapa offline também não tem nessa primeira versão o recurso rotas de ônibus e de bicicletas. “Mas eles certamente estarão presentes em futuras versões”, garante Leal. Também está prevista para breve a liberação da navegação offline para dispositivos iOS.
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