Google revela detalhes sobre loja online de peças para smartphone modular

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Foto: Reprodução

À medida que o Google se prepara para lançar o seu smartphone modular Project Ara até o fim do ano, a gigante de buscas quer assegurar que hardware relevante esteja disponível para coincidir com o lançamento do aparelho. A empresa acaba de lançar o MDK 2.0, segunda versão do Kit dos Desenvolvedores de Módulos.

Nesta semana, o Google soltou mais detalhes sobre uma loja do Project Ara, pela qual os usuários poderão comprar blocos removíveis de hardware para o smartphone customizável. O Google está confiando em desenvolvedores externos para criarem as partes do aparelho, como antenas, câmeras, sensores, telas e baterias, que serão vendidas pela loja.

O Google se inspirou no conhecido brinquedo Lego e irá vender um frame/carcaça básico do smartphone. Os usuários poderão então adicionar ou remover recursos ao simplesmente adicionar ou retirar blocos de hardware.

O Google quer que o preço do frame básico do smartphone seja bem baixo, em torno de 50 dólares. Os módulos então seriam vendidos separadamente.

Com o Project Ara, a expectativa é que os usuários não precisem ficar presos com recursos que não queiram. Se uma antena wireless ou câmera parar de funcionar, os usuários terão de apenas mudar o módulo relevante, em vez de substituir o smartphone completo. O Google também quer que o upgrade dos aparelhos seja fácil.

O Project Ara começará como um projeto piloto, durante o qual o Google vai estudar como o aparelho será usado, e então refinar seus problemas. A empresa já criou três protótipos de smartphones com tamanhos de tela diferentes.

Segundo o Google, a chamada Ara Module Marketplace será parecida com a Google Play, pela qual são vendidos apps, filmes, músicas e e-books. Os usuários poderão avaliar e dar notas para os componentes comprados, de forma parecida com o que acontece na Google Play.

Processo

Os desenvolvedores terão de submeter cada módulo do Ara junto ao Google, que então irá verificar se ele se encaixa nas especificações de hardware do aparelho. Os fabricantes de hardware também terão de conseguir a aprovação regulatória dos países em que os módulos serão vendidos. Vale notar que muitos dos desenvolvedores de módulos fazem isso por hobby e toda essa burocracia pode acabar consumindo muito tempo deles e até espantando alguns da plataforma.

O Google também disse que os desenvolvedores terão os módulos enviados por meio de fabricantes pré-selecionados. A gigante de buscas não informou se ajudará os desenvolvedores na fabricação das peças, apesar de a empresa ter dito que terá algumas partes feitas com impressão 3D por meio de uma parceria com a 3D Systems. 

Os rendimentos obtidos a partir das vendas dos módulos serão “saldados periodicamente em um intervalo determinado”, segundo o documento. O Google também vai fornecer projeções de vendas e ferramentas de planejamento.

 

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