Greenpeace aponta Youtube e Netflix como ameaça a uma Internet mais ‘verde’

Foto: Reprodução/IDG
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Da próxima vez que você assistir a “House of Cards” no Netflix, pense sobre o impacto que você pode estar deixando no meio ambiente. 

Com a Internet atingindo cada vez mais serviços, desde o vídeo sob demanda a entrega de comida, o consumo de energia de data centers aumentará. Para reduzir o impacto disso no meio ambiente, companhias como a Apple, Google e Facebook tem tomado passos largos em direção a fontes de energia renováveis, como a energia solar. 

Mas apesar desses esforços, o crescimento de vídeos por streaming como o Netflix, Hulu e vídeos do Youtube apresentam um incômodo desafio para essas empresas serem mais sustentáveis, de acordo com um relatório divulgado pelo Greenpeace nesta terça. 

“A rápida transição para o modelo de distribuição de vídeos por streaming, assim como tablets e outros dispositivos leves que requerem uso de armazenamento em nuvem, significa cada vez mais demanda para os data centers, o que vai exigir maior consumo de energia”, indica o relatório.

E, consequentemente, ao elevar o consumo de energia devido a transmissão de vídeos digitais, eleva-se a poluição causada pela eletricidade. 

“Ao menos que grandes companhias de Internet encontrem uma forma de reduzir poluentes de fontes tradicionais, o conveniente serviço de streaming pode elevar nossas pegadas de carbono”, escreveram os autores do “Clicking Green: A Guide to Building the Green Internet (Clique verde: um guia para construir uma Internet Verde)”. 

O relatório classificou os esforços das empresas na área de energia renovável ao olhar os dados fornecidos em gastos de energia, informações públicas disponíveis e outros investimentos em data Center. 

A Apple atingiu nota máxima, em parte devido aos seus investimentos em energia solar e devido ao seu nível de transparência para reduzir pegadas de carbono e energia para seus centros de dados. 

Google e Facebook também não ficaram atrás, uma vez que mostraram esforços em reduzir sua dependência de fontes como carvão e gás natural.

Os autores do  relatório não incluíram Netflix, YouTube ou Hulu, mas identificaram videos online como os principais consumidores de dados da Internet.

Serviços de Streaming para vídeos atualmente consumem 60% do tráfego da Internet. A expectativa é que aumente para 76% em 2018, de acordo com o relatório do Greenpeace, citando como fonte a Cisco. 

O Google tem como objetivo a longo prazo utilizar em sua totalidade fontes renováveis de energia. Por enquanto, 35% de seu consumo vem de tais fontes.

No último ano, a gigante de buscas assinou três contratos de longo prazo para comprar energia limpa de produtores, indicou o relatório do Greenpeace. Além de outros contratos já existentes. 

*IDGNow! é marca registrada da IDG (International Data Group), licenciada exclusiva no Brasil pela DigitalNetwork!Brasileiros, divisão de mídia digital da Brasileiros Editora​


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