“Fizemos com que um animal adquirisse sexto sextido”, dizem cientistas

Mais uma vitória para o neurocientista e colaborador da Brasileiros Miguel Nicolelis. No início do mês, juntamente com seus colegas da Universidade de Duke, nos EUA, Eric Thomson e Rafael Carra, Nicolelis publicou estudo no qual provou ser possível que mamíferos “enxergassem” luz infravermelha.  A pesquisa, feita com ratos, conseguiu que esses animais desenvolvessem a capacidade de sentir essa luz que tem comprimento de onda invisível para os mamíferos.

De acordo com Eric Thomson, acoplando um dispositivo neuroprotético para aumentar uma função,  “se permitiu que um animal normal adquirisse praticamente um sexto sentido”. O estudo também presume que, em um futuro, esses ratos podem ter a visão infravermelha totalmente desenvolvida.

 

 

Para conseguir isso, os cientistas fizeram com que uma nova fonte de informação sensorial fosse processada por uma região cortical especializada em outro sentido, sem prejudicar a função original desta área do cérebro. A partir desse gigante passo, não seria nenhum absurdo presumir que uma pessoa que teve seu córtex visual danificado possa voltar a enxergar se seu cérebro aprender a demandar esse trabalho para outra área do córtex. Inicialmente isso pode ser feito através de um dispositivo que estimula a outra área, porém, isso pode ser gradualmente aprendido pelo cérebro.

Miguel Nicolelis está a frente do Projeto Andar de Novo, no qual pretende devolver a mobilidade para pessoas que tiveram a medula danificada. Nicolelis pretende fazer o gol de placa na abertura da Copa do Mundo de 2014, no Brasil. O neurocientista tem o sonho de ver um tetraplégico dando o pontapé inicial da Copa, usando uma vestimenta robótica estimulada por ondas cerebrais.

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