A empresa seria mais uma loja de decoração, se não fosse por alguns detalhes. O primeiro é que vende seus móveis preferencialmente pela internet. O outro é que os preços são convidativos, considerando a qualidade do design. Mas o maior diferencial da casa, que funciona com uma equipe de seis criadores, é a agilidade na execução dos projetos feitos com madeira de reflorestamento, como pinus e eucalipto.
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A ideia do negócio, que foi lançada há cinco meses, saiu da cabeça do alemão Max Reichel, um sujeito de 29 anos que já rodou o mundo atrás de formação – ele é graduado em Administração pela Universidade de Londres e mestre em Economia pela Universidade de Munique, com MBA na Universidade de Harvard, nos EUA. Anos atrás, Max passou uma temporada de férias no Brasil e, como muitos estrangeiros, se apaixonou pelo País. Um tempo depois, escolheu morar em São Paulo.
Atrás de móveis para decorar a própria casa, Max percebeu um nicho de mercado. “Tudo o que eu encontrava era demasiadamente caro ou não me atraía.” Nos dois primeiros anos na capital paulistana, Max trabalhou em uma consultoria e acabou pesquisando, ainda que informalmente, o gosto do consumidor brasileiro. “Percebi que em alguns segmentos, como o de moda e produtos eletrônicos, há boas alternativas às marcas mais caras. Essa fórmula também deveria funcionar no ramo de decoração”, diz ele.
Parece estar funcionando na OPPA. Com um aporte da Monashees Capital, empresa de venture capital que já investiu nos sites de consumo Peixe Urbano e Elo7, o negócio de Max começou a deslanchar. Outros investidores, como a Kaszek Ventures (dirigida pelos cofundadores do Mercado Livre), aprovaram a proposta do empreendedor e entraram no negócio, mas ninguém ainda fala em números.
A OPPA ganhou esse nome porque Max gosta quando as pessoas falam: “Opa, tudo bem?”. O “p” adicionado ao nome deu mais charme à marca. “No início, tive um pouco de medo. Começar um negócio é sempre um risco. Mas segui em frente e estou satisfeito com o projeto.” Max também estabeleceu atendimento germânico ao cliente, ou seja, preza a pontualidade e a gentileza. O retorno rápido, afirma, agiliza a mecânica do negócio e impulsiona a empresa a tomar decisões no ritmo de uma grande empresa.
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