Na abertura do seminário da Brasileiros, Glauco Arbix fala sobre como incentivar inovação

Para que o Brasil consiga utilizar de forma satisfatória todo o seu potencial de inovação, muito ainda precisa ser feito. Ainda assim, o avanço na última década é inegável, e muitos projetos tem saído do papel e dado resultados concretos. Foi o que afirmou, nesta sexta-feira (4), o presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), Glauco Arbix, na palestra de abertura do seminário “INOVAÇÃO: Investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento”, realizado pela Brasileiros Editora.

Representando o ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, Arbix iniciou sua fala relacionando o tema do seminário à questões sociais do País, demostrando que estes campos não estão desconectados. Segundo ele, a desigualdade é o maior obstáculo ao desenvolvimento e, neste sentido, o Brasil avançou significativamente nos últimos 13 anos. “Mesmo com dificuldades estruturais, nós temos crescimento”, completou.

A partir disso, o presidente da FINEP ressaltou que o desafio central da economia brasileira, neste momento, é a produtividade e que, para isso, é preciso desenvolver uma economia e sociedade puxadas pela inovação. Nesse caminho, a educação tem um papel essencial no médio e longo prazo, assim como é necessário um choque de infraestrutura. Isso tendo em vista que tecnologia é o ponto central para que o País acelere na direção de um maior desenvolvimento e crescimento.

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Em comparação com países avançados – que já alcançaram excelência e dinamismo nas áreas tecnológica e cientifica e apresentam um aproveitamento mais adequado do potencial humano –, Arbix afirmou que o Brasil ainda precisa dar grandes passos, e que isso deve ser feito com uma visão de médio e longo prazo. O desafio, portanto, é planejar e acelerar essa transição, a partir de investimentos e medidas concretas.

Nesse sentido, a FINEP tem sido um dos principais agentes incentivadores, trabalhando com o governo federal em diversos programas. As iniciativas da empresa incluem programas como Inova Empresa, Inova Incubadoras e Inova Agro, além de outros que serão lançados, como Inova Sustentabilidade e Inova Mobilidade. A agilidade e a redução de prazos como facilitador da inovação é um aspecto essencial, segundo Arbix, e esse tem sido um dos objetivos da empresa. “Assumi a FINEP em 2011. Demorávamos 468 dias para fechar um negocio de crédito. Agora são 112 dias, e reduziremos para 30 dias”.

Arbix concluiu falando do papel do governo de forma mais ampla: “Precisamos renovar e inovar no setor público, e potencializar o uso do poder de compra do Estado”. Tendo consciência, segundo ele, que “governar é fazer escolhas, ter foco, prioridades. Não dá para agradar a todos”. 


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