Como era a vida humana antes do vaso sanitário? Difícil imaginá-la sem esse objeto tão incorporado ao cotidiano. Mas quem visita regiões pobres do Brasil pode, pela carência do objeto, ter uma ideia ainda hoje da sua importância. Antigamente, até o século 19, as elites faziam suas necessidades fisiológicas dentro de seus quartos em pequenos objetos redondos, conhecidos como urinol ou penico. Depois, algum serviçal cuidava de dar fim aos dejetos com o máximo de discrição e longe dos patrões, para não lhes causar constrangimento. A limpeza se dava com água, em uma bacia, e usava-se pequenas toalhas para secar as partes íntimas. Principalmente no caso das mulheres.
Os pobres e os menos abastados que depois formariam a classe média – a maioria funcionários públicos e profissionais liberais – tinham de dar um pulo no mato ou no fundo do quintal e acabavam submetidos a uma série de inconvenientes. Primeiro, era comum que determinadas áreas nas proximidades da residência ficassem conhecidas por essa utilidade. Assim, corria-se o risco de sujar o calçado, ao se pisar no que não devia. Depois, para se limpar, recorria-se a folhas de plantas, o que nem sempre dava certo. Em lugares inesperados, havia o risco de se usar plantas alérgicas, que provocavam queimaduras ou coceiras insuportáveis. Por todo o século 20, muitas vezes, em áreas mais carentes, usava-se animais como porcos e galinhas para limpar esses pontos de desova de fezes, em um rito nada saudável da cadeia alimentar para os homens.
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