ONU: 84 milhões de brasileiros não têm acesso à internet

Foto: USP Imagens
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Segundo dados publicados nesta segunda-feira (21) pela Organização das Nações Unidas, 84 milhões de brasileiros ainda não possuem acesso à internet. O estudo da instituição revela que, mesmo com o progresso da rede mundial de computadores nos países considerados em desenvolvimento, muitas pessoas destas nações ainda não estão conectadas à rede. Em todo o mundo, cerca de quatro bilhões de pessoas (57% da população) não está conectada.

Os números mostram que o crescimento do acesso à internet no mundo vem sendo freado. As taxas de expansão da rede em 2012 superavam a marca de 10% ao ano, enquanto atualmente ela não atinge nem 7%. O estudo foi apresentado pela Comissão de Banda Larga pelo Desenvolvimento Digital, órgão vinculado à ONU quem tem o intuito de diagnosticar os avanços do acesso à tecnologia. Os dados serão utilizados como base para a Assembleia Geral das Nações Unidas, que acontece a partir da próxima semana.

A pesquisa mostra ainda que existe uma disparidade muito grande entre países considerados desenvolvidos e países em desenvolvimento. Enquanto a Islândia possui uma taxa de 98% de habitantes conectados à rede, países como Guiné e Somália têm menos de 2% de cidadãos com acesso. Apenas 79 dos 194 países analisados têm mais de 50% da população ligada à internet. O Brasil é um deles, com 57% dos habitantes com acesso à rede até o final de 2014. Entre os países considerados emergentes, o País fica na 32ª colocação em termos de internet instalada em domicílio.

Celulares

Com relação ao acesso à internet através do aparelho celular o Brasil vem avançando de forma impressionante: 78% dos usuários tem acesso rápido, número que coloca o País na frente nações europeias como Itália, França e Alemanha. Diante deste cenário, a ONU admite que a meta estabelecida para aumentar o número de pessoas com acesso à internet terá de ser postergada. A perspectiva da organização era de que 60% das residências do mundo teriam internet até o fim de 2015, porém este número vai atingir no máximo 46%.


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