E se os robôs pudessem ser alimentados por luz em vez de baterias volumosas ou cabos de alimentação que limitam o movimento? Esse é o cenário que os cientistas da Universidade de Varsóvia estão imaginando.
Os pesquisadores desenvolveram um robô maleável de meia polegada de comprimento que imita os movimentos de uma lagarta. Ele é alimentado por luz e controlado por um feixe de laser, de acordo com a universidade.
“Projetar robôs maleáveis exige um paradigma completamente novo na sua mecânica, alimentação e controle”, explica Piotr Wasylczyk, chefe do laboratório de Nanoestrutura fotônica na Universidade de Varsóvia, em um comunicado, dizendo que muito da pesquisa aprende com a própria natureza e evolução natural.
Este micro-robô foi projetado para movimentar em superfícies planas, subir rampas, transporte de cargas e se espremer através de aberturas estreitas.
Um dos grandes desafios na construção de robôs diz respeito ao seu movimento, pois como criar um robô que pode mover-se facilmente, equilibrar-se e não usar uma quantidade enorme de energia para fazê-lo?
Por anos, os cientistas têm procurado a natureza para a inspiração. Um pouco mais de dois anos atrás, por exemplo, pesquisadores do MIT construíram um robô autônomo que imita um peixe, movendo uma espécie de cauda robótica que lhe permite mudar de direção em uma fração de segundo.
Outros cientistas construíram um robô pequeno, voador que se move como uma água-viva, enquanto outros conceberam pequenos robôs semelhantes a morcegos.
Já os pesquisadores da Universidade de Varsóvia assumiram a criação de um robô flexível porque muitas criaturas, como vermes, caracóis e lagartas, usam seus corpos para mover-se em ambientes complexos. Em seguida, adicionaram elastómeros cristalinos líquidos, um material híbrido com propriedades elásticas.
Esse material realmente pode mudar de forma quando iluminados com luz visível. No caso, os cientistas aplicaram a iluminação com um feixe de laser. Ao forçar as alterações em um determinado padrão e a uma velocidade particular, os pesquisadores podem criar o que imita a marcha de criaturas naturais, permitindo que o robô caminhe, escale e até mesmo empurre objetos que são 10 vezes sua própria massa, de acordo com a universidade.
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