Na manhã desta quinta-feira (10), o coordenador do recém lançado Laboratório de Mobilidade Urbana (MobiLab) da Secretaria Municipal de Transportes (SMT), Ciro Biderman se reuniu com representantes de startups e sociedade civil interessados na busca de soluções tecnológicas para problemas da pasta, como a integração dos modais (ônibus, metrô, bicicletas, carros e pedestres).
A reunião teve como objetivo a apresentação da estrutura do MobiLab às startups e a população, já que ainda neste mês será iniciado o processo de seleção de 10 empresas em fase inicial e de TIs bolsistas, que desenvolverão aplicativos e softwares – para dispositivos móveis, radares, semáforos e GPS’s – combinando a abertura dos dados da SPTrans e da CET. “Hoje o controle operacional usa uma pequeníssima parte das informações geradas por semáforos, laços, etc. Por isso, a iniciativa busca integrar informações para gerar tecnologia aberta”, explica Biderman.
O modelo é uma proposta inédita de gerenciamento do setor e reúne os elementos da experiência de governo aberto – inovação, transparência e participação da sociedade civil. “Não é só transparência, é abertura de uma possibilidade de todo mundo participar, de inovar com eficiência – tanto em questões financeiras quanto de gestão de tempo. Seguindo o modelo do ganha-ganha”, explica Biderman. Os dados abertos da secretaria e os conteúdos gerados pelo laboratório serão disponibilizados para a população também.
Na reunião, esteve presente também o secretário adjunto da SPTrans, José Evaldo Gonçalo, e Eduardo Mario Dias, professor da POLI/USP, que faz a ponte com os investimentos da Universidade. Dias acredita que a atitude estimula a formação de uma nova indústria nacional: “Queremos canalizar essa vontade de resolver grandes problemas e abraçar grandes desafios. Vamos democratizar o acesso à inovação”.
O Laboratório de Tecnologia conta com R$ 800 mil em recursos orçamentários e tem a parceria da Universidade de São Paulo (USP) por meio da Fundação USP (Fusp). Conversas já estão em estágio avançado também com o Massachusetts Institute of Technology (MIT) dos Estados Unidos.
Na primeira etapa, as 10 startups selecionadas ganharão US$ 5.000 em produtos da Amazon (a empresa disponibilizou a quantia). A SMT irá compartilhar, infraestrutura física e informacional para as Startups desenvolverem soluções tecnológicas, além do espaço de trabalho, sala de reuniões, espaço em nuvem, equipamentos como semáforos, radares, AVLs, validadores e também aos diversos tipos de celulares disponíveis no mercado para testar os novos aplicativos que serão desenvolvidos nos laboratório.
O escritório de co-working fica no mezanino da SPTrans [ na Rua Bela Vista, 136, centro da cidade ]. Bem no estilo promissor da cultura dos “Makers” (ou “fazedores”, um movimento que une um ecossistema de serviços e inteligência à disposição), onde todos podem entrar discutir ideias e desenvolver seus projetos, que deverão ter objetivos partilhados.
Haverão bolsas de apoio à pesquisa – com valores R$ 351,90 e R$ 5.908,80. Numa primeira etapa, serão selecionados de 10 a 40 participantes, levando em consideração o currículo dos candidatos.
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