O Uber está prestes a ganhar mais um rival no Brasil, onde já atua desde 2014. Em maio, chega a São Paulo a empresa espanhola Cabify, que fará companhia aos “táxis pretos” e à startup indiana WillGo.
Maior país da América Latina, o Brasil será o sexto mercado da Cabify no mundo, mas não o primeiro da empresa na região. Além da sua terra natal, a companhia também está em quatro locais da AL: Chile, México, Peru e Colômbia.
Em sua chegada ao país, mais especificamente em SP, que será seu único mercado no início, a Cabify terá três modalidades de carros: Cabify Executivo (mais luxuoso e caro, para rivalizar com o Uber Black), Cabify Light (mais barato, concorrente direto do Uber X) e o Corporate, que, como o nome indicada, é voltado para o uso por empresas.
Como o nome sugere, a Cabify não possui uma postura tão restrita quanto o Uber e diz estar aberta a cadastrar motoristas de “táxi preto” em São Paulo – para quem não sabe, a categoria de luxo de táxis foi criada como uma resposta ao Uber pela prefeitura da capital paulista. Na Espanha, aliás, o aplicativo opera com taxistas.
A maior maleabilidade da empresa pode ser vista como uma estratégia para se adaptar a um mercado competitivo e cheio de carros como São Paulo. “Lógico que existe um ambiente enorme de competição em São Paulo, mas vemos que temos diferenciais para a nossa entrada no mercado brasileiro. Inclusive pensamos em trabalhar com o táxi preto aqui. Não somos rígidos quanto à forma de trabalho, nos moldamos ao mercado”, explica o Head de Operações e Logística da Cabify no Brasil, Daniel M. Velazco-Bedoya (foto abaixo), lembrando que a empresa já teve encontros com a prefeitura de São Paulo e vem acompanhando de perto as assembléias e a discussão sobre a regulamentação de serviços como Uber e o próprio Cabify na cidade.
Taxas
Assim como o Uber, a Cabify considera os motoristas como parceiros em vez de funcionários. No entanto, a empresa ainda não revelou a divisão das porcentagens que ficarão com o aplicativo em cada categoria, o que já causou até greve entre motoristas do Uber que acusam a empresa norte-americana de ficar com um valor muito alto da corrida – o Uber fica com 25% no Uber X e 20% no Uber Black, que é mais caro.
Além de ser aberta aos táxis, a Cabify possui uma diferença importante em relação aos rivais: a forma como calcula o preço da corrida. A empresa faz o cálculo do preço com base apenas na distância, sem levar em conta o tempo do percurso. Questionado se isso poderia causar irritação entre os motoristas da empresa em SP, cidade conhecida pelo trânsito caótico, o executivo afirmou que a empresa acredita muito nessa modalidade. “A modalidade é muito boa porque é transparente com o usuário e permite que o motorista consiga se planejar melhor.”
Outra reclamação recente entre os motoristas do Uber é que a empresa estaria aceitando muitos novos motoristas, o que estaria diminuindo suas corridas e, consequentemente, os seus ganhos com os aplicativos. A Cabify afirma que, dependendo da situação, pode sim considerar trabalhar com um número limite de motoristas parceiros na cidade.
Escritório local
Ainda sem uma data oficial para o lançamento em São Paulo, a empresa só garante que inicia suas operações na capital ainda em maio. Em fase de contratações da equipe local, a Cabify diz já ter um local reservado para o seu escritório em SP, mas não revela quantos motoristas terá em sua chegada à maior cidade do país – interessados em tornarem-se motoristas da Cabify podem clicar aqui para mais informações.
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