Lançado no domingo (7) à 1h26 (horário de Brasília) da base de Taiyuan, a 700 quilômetros da capital chinesa, o satélite sino-brasileiro de sensoriamento remoto Cbers-4 está funcionando conforme o esperado, informou o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). As primeiras imagens feitas pelo módulo foram divulgadas ontem, segunda-feira (8).
As fotos foram produzidas pela câmera MUX, que está acoplada ao Cbers-4. É a primeira câmera para satélite inteiramente desenvolvida e produzida no Brasil. As imagens captadas são da região de Búzios, litoral norte do Rio de Janeiro. Segundo o Inpe, as imagens em baixa resolução da Terra são feitas em cinco dias. Já as de média resolução levam 26 dias, enquanto as altas, 52 dias.
Um dos objetivos é que o módulo consiga monitorar grandes áreas, como a Amazônia, dando uma precisão do desmatamento da floresta. Além disso, as imagens possibilitarão o mapeamento de áreas agrícolas, geológicas e de quase 90% do território da América do Sul, China e África. O material deve ser disponibilizado gratuitamente.
O satélite é o quinto equipamento de sensoriamento remoto produzido em parceria pelo Brasil e a China.
O módulo foi lançado pelo foguete chinês Longa Marcha 4B. Quando atingiu o ponto ideal da órbita, um comando liberou a trava do dispositivo que prendia o Cbers-4 ao foguete. Impulsionado por molas, o satélite afastou-se do lançador e entrou em órbita 12,5 minutos após o lançamento.
Segundo a Agência Espacial Brasileira (AEB), o satélite completa uma órbita em torno da Terra a cada 90 minutos e dará, ao todo, 14 voltas no planeta por dia. Sua vida útil é estimada em três anos.
Inicialmente, o Cbers-4 estava programado para ser lançado em dezembro de 2015. No entanto, foi antecipado em um ano devido à falha ocorrida no lançamento do Cbers-3, em dezembro de 2013. Antes, foram lançados com sucesso o Cbers-1 (1999), Cbers-2 (2003) e Cbers-2B (2007).
Iniciado nos anos 1980, o programa Cbers (sigla em inglês para China-Brazil Earth Resources Satellite) é coordenado pela AEB e desenvolvido pelo Inpe.
*Com informações da Agência Brasil.
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