O negócio principal da Trustev é o que a empresa chama de “impressão digital digital” (ou “digital fingerprinting”, em inglês) – uma tecnologia antifraude para o comércio online que consegue identificar ladrões de cartão de crédito e bloqueá-los para que eles basicamente precisem de um computador novo para conseguir danificar o negócio. Assim, os criminosos são recusados, e os consumidores verdadeiros nem ficam sabendo que tentaram roubar seus dados.
Agora, a companhia está expandindo seu negócio de “impressão digital digital” para além do e-commerce com o lançamento do Trustev for Publishers com um objetivo muito querido por qualquer jornalista: ajudar as publicações a banir comentaristas “tóxicos” de Internet dos seus sites, nem permitindo que eles criem uma segunda conta. A Trustev pensa que isso pode ajudar a aumentar o nível das conversas online e ajudar a parar com campanhas de aborrecimento e assédio como #GamerGate antes mesmo que elas comecem.
O CEO da Trustev, Pat Phelan, afirmou que essa solução surgiu por conta das suas próprias experiências no Twitter. Ele descreve sua persona online “bastante sincera”, mas diz que ainda se encontra em um estado permanente de choque pelo nível cáustico que recebe até pelas coisas mais comuns.
“A linguagem usada aqui é incrível, Meu Deus”, afirma Phelan.
Há um ciclo nesse assédio online. Você bloqueia o ofensor, então ele cria uma segunda conta e aí por diante.
O melhor cenário é que o ofensor acabe desistindo antes de você. O pior é quando suas chances se limitam a aturar esse abuso ou apenas parar de tentar. Isso realmente não contribui para uma discussão online saudável, especialmente sobre temas polêmicos.
Existem boas seções de comentários por aí, é claro. O AV Club, por exemplo, se destaca porque realmente faz uma moderação e tira as “sementes ruins” assim que elas aparecem. Mas isso demanda tempo, dinheiro e talento, o que nem todo mundo possui. O pessoal do Re/code recentemente tomou uma decisão controversa e fechou totalmente a sua seção de comentários, pedindo para os leitores levarem qualquer discussão para as redes sociais.
A Trustev tem uma ideia que considera melhor. Com o Trustev for Publishers, bloquear uma pessoa uma vez significa que ela já era. Essa “impressão digital digital” leva tudo em conta ao bloquear um usuário – não apenas o endereço de IP, que é fácil de burlar, mas tudo desde de configurações e extensões do navegador até versão do sistema e quantidade de RAM instalada.
Phelan diz que a “impressão digital digital” tem uma taxa positiva de 99,93%. Segundo ele, nem mesmo uma máquina virtual é o suficiente para burlar o recurso, apenas conseguir um computador totalmente novo.
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