Todo mundo tem e precisa de uma impressora. O que pouquíssima gente tem é uma impressora 3D, um equipamento caro (em torno de R$ 500 mil) que fornece reproduções tridimensionais em gesso e resina. Ou seja, imprime objetos: latinha de refrigerante, maquete de prédios, ossos fraturados, qualquer coisa.

Um dos raros possuidores dessa engenhoca tecnológica chama-se Caio Alegre, artista plástico, 32 anos, sócio de uma empresa de impressão tridimensional, instalada na Vila Madalena, zona oeste de São Paulo. O negócio é a maquina.

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Caio viu pela primeira vez as peças de impressão 3D em Hollywood, em uma exposição que acontecia dentro dos estúdios da Gnomon School of Visual Effects, escola de computação gráfica para cinema, que dá suporte ao excesso da demanda de infinitas produtoras. Caio estava lá para se reciclar e teve aulas com gente graúda, como os diretores de arte de Transformers e O Curioso Caso de Benjamin Button.

Até anatomia ele estudava. Mas foram os bonequinhos de Toy Story que mudaram o rumo da carreira de artista de Caio. Primeiro, ele olhou para tentar entender se o que via eram moldes. Mais tarde, entendeu o processo. Eram peças de 3D impressas.

A máquina faz a impressão em milhares de camadas finas, muito finas, até formar a peça inteira em formato tridimensional. Depois, ela é submetida a um processo sofisticado de secagem e acabamento. “A impressora faz peças impossíveis de serem feitas à mão”, Caio explica, referindo-se à precisão que fornece.

Fora os estúdios hollywoodianos, quem mais precisa de impressões 3D? “Arquitetos, designers, incorporadoras. Isso sem falar em profissionais ligados à saúde. Ela pode imprimir ossos e órgãos a partir de exames de imagem. Ou seja, o médico pode imprimir uma tomografia, por exemplo, e saber exatamente onde está a lesão de um paciente. Assim, não terá surpresas na hora do tratamento.”

Além da impressora de Caio, a mar­ca esportiva Nike e a montadora Volkswagen possuem a engenhoca contemporânea. Com ela, produzem estudos e fazem desenvolvimento de produtos.

Caio sempre desenhou, desde criança. Até o logotipo do grêmio Hipopótamos Pensantes, o HP, da escola onde estudou, a extinta Logos, ele criou. O grêmio virou time de futebol com 30 integrantes. Ele é, claro, o camisa 10. Agora, o desenhista que virou empresário sonha em imprimir em miniatura jogadores de futebol. Enquanto isso, o possuidor da impressão 3D vai aprendendo os meandros de ser dono de seu próprio negócio.

Para saber mais sobre impressão 3D
www.imprimate.com.br


Comentários

2 respostas para “Uma impressora 3D”

  1. Que legal relembrar do HP. Fiz parte desse gremio e não imaginava que ele havia continuado, mesmo que em um time de futebol… abs

  2. Algumas impressoras 3d chegam a custar U$5.000, hoje em dia está muito mais acessível.

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