Vírus achado em Campinas não é ameaça

Bebê toma vacina contra poliomelite no interior da Bahia. OMS encontrou vírus em Campinas, no interior de São Paulo. Foto: Arquivo
Bebê toma vacina contra poliomelite no interior da Bahia. OMS encontrou vírus em Campinas, no interior de São Paulo. Foto: Arquivo

O Ministério da Saúde informou que a detecção do poliovírus selvagem tipo 1, causador da poliomielite, no sistema de esgoto do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), não tem qualquer relação com a vinda de turistas estrangeiros ao país para a Copa do Mundo nem ameaça a erradicação da doença no Brasil.

A assessoria de imprensa ressaltou que a coleta foi feita pela Organização Mundial da Saúde (OMS) nos sistemas de esgoto sanitário do aeroporto em março deste ano – bem antes do início do mundial. O monitoramento, segundo a pasta, é considerado de rotina e precisa ser feito para garantir a não circulação do vírus no país.

“O Ministério da Saúde acompanha a situação epidemiológica da poliomielite no mundo e mantém o controle da erradicação da doença com coberturas vacinais superiores a 95%. Desde 1990, não há circulação de poliovírus selvagem da poliomielite no Brasil, resultado das políticas de prevenção e vigilância adotadas pelo governo federal”, informou.

O comunicado destacou que, embora a doença tenha sido erradicada do Brasil, alguns países continuam detectando casos de poliomielite, como Síria, Paquistão, Afeganistão, Guiné Equatorial, Etiópia, Iraque, Israel, Somália e Nigéria. “Esta situação levou a OMS a declarar emergência mundial para garantir a mobilização de recursos e apoio internacional capazes de garantir que a erradicação global da doença seja alcançada”, completou.

“É importante esclarecer que esse achado não significa qualquer mudança na situação epidemiológica do Brasil ou ameaça à eliminação da doença. O Ministério da Saúde reforça a importância de manutenção da cobertura vacinal adequada e da vigilância ativa para todos os municípios. Com o aumento dos deslocamentos internacionais, é esperado que pessoas portando agentes infecciosos presentes em outras partes do mundo circulem no Brasil.”

A Organização Mundial de Saúde divulgou nesta segunda-feira (23) que as autoridades de vigilância encontraram no Brasil a circulação do poliovírus selvagem tipo 1, um dos sorotipos que causam a poliomelite. A amostra seria semelhante a encontrada recentemente em Guiné Equatorial, na África. A doença ataca os nervos e pode levar à paralisia parcial ou total do corpo. O vírus entra pela boca e pelo nariz e se multiplica na garganta e no instestino. O período da infecção até que surjam os sintomas da doença (incubação) varia de 5 a 35 dias (em média de 7 a 14 dias).


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