A função educativa do Estado que, no caso das artes visuais, é exercida por museus, centros culturais e afins, tem sido um instrumento poderoso como ferramenta de comunicação utilizada por agentes do mercado para atrair a mídia, visitantes e novos compradores e alavancar vendas, ao mesmo tempo que ensina, esclarece e ilustra seus clientes.
As galerias de arte, que atuam no mercado secundário nas revendas sucessivas de obras de arte, perceberam que não basta mostrar as obras à venda em um “cubo branco”. É necessário contextualizá-los, mostrar sua importância, singularidades e semelhanças, falar dos aspectos técnicos e históricos que envolvem o artista sua obra e seu tempo.
[nggallery id=15336]
A educação tem sido a palavra de ordem para o século XXI, na esperança de um Brasil melhor e a iniciativa privada tem visto na educação de seu próprio público uma boa estratégia de marketing, cujos benefícios vão muito além da alavancagem de vendas, trazendo prestígio ao perfil corporativo da empresa. Um bom exemplo é o da Galeria Pinakotheke do carioca Max Perlingeiro, que tem produzido exposições dignas de museu, com visitas monitoradas de escolas da rede pública e exposições itinerantes para várias capitais.
Com esse mesmo espírito, a Dan Galeria abre, de 5 de novembro a 12 de dezembro, a exposição Papéis em Destaque, com texto de apresentação de Maria Alice Milliet que nos explica como o desenho deixou de ser a base para o trabalho com óleo e passou a ter vida própria como produto final da criação de um artista, e nos avisa que “muitas vezes se comprou uma má tela quando, pelo mesmo preço, se poderia adquirir um bom desenho”. São 19 artistas com desenhos de produção no século XX, todos à venda. É como se fôssemos ao museu e levássemos a obra mais apreciada para casa. Divirta-se!
Deixe um comentário