Mostra coletiva busca um olhar poético em elementos descartáveis do cotidiano

A Galeria Vermelho abriga a coletiva Aprendendo a Viver com a Sujeira até dia 06 de junho. Tratam-se de trabalhos de André Komatsu, Keila Alaver, Lia Chaia, Marcelo Cidade e Nicolás Robbio. A mostra busca um olhar para o que possivelmente gera uma poética em elementos cotidianos, descartados, aproveitados ou re-significados, e que guardam rastros do seu lugar de origem dos artistas: o bairro do Belenzinho, em São Paulo.

É desse bairro que pertence uma localização fundamental para a historia da cidade. Foi lá que se deu o início da industrialização paulista, reunindo fábricas de vidro e tecido; que está a histórica Vila Maria Zélia, primeira vila operária do Brasil. O conjunto de casas e a fábrica que compõe a vila foram construídos por Jorge Luis Street, entre 1912 e 1916, para abrigar a Companhia Nacional de Tecidos de Juta e moradas para seus funcionários.

Em 1931, fábrica e vila foram transferidas para o governo federal, que converteu o parque fabril em presídio para o Estado Novo. Muitos presos políticos foram alocados por lá, entre eles intelectuais de esquerda, o que rendeu ao presídio o apelido de Universidade Maria Zélia. A mostra busca evidenciar como uma mesma localidade abrigou diferentes faces da característica progressista da cidade de São Paulo.

Serviço – Aprendendo a Viver com a Sujeira

Até sábado, dia 06 de julho

Galeria Vermelho – Rua Minas Gerais, 350, Parque das Flores, São Paulo/SP

De segunda a sexta, das 10h às 19h; sábado, das 11h às 17h

(11) 3138-1520

Mais informações: Galeria Vermelho

 


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