Champinha deve ser ouvido nesta quinta no Fórum Embu-Guaçu

Champinha (à esq.), um dos autores do assassinato de Felipe e Liana - Foto: Reprodução/TV
Champinha (à esq.), um dos autores do assassinato de Felipe e Liana – Foto: Reprodução/TV

A Justiça de São Paulo vai ouvir Roberto Aparecido Alves Cardoso, o Champinha, de 28 anos, nesta quinta-feira (28) para decidir se o mantém internado na Unidade Experimental de Saúde (UES), em São Paulo, ou se o coloca em liberdade, em regime ambulatorial para ele continuar o tratamento mental. As informações são do portal de notícias g1.

Acusado de participar das torturas e assassinatos de Felipe Caffé, de 19 anos, e Liana Friedenbach, de 16, em 2003, Champinha foi internado neste mesmo ano na extinta Febem, atual Fundação Casa, e, em 2006, foi levado para a UES, onde está atualmente, pois foi considerado perigoso demais para o convívio social.

Champinha é aguardado nesta quinta-feira para no Fórum de Embu-Guaçu, na Grande São Paulo. Ele estaria há cerca de cinco anos sem comparecer a uma audiência judicial. Além dele, o juiz Willi Lucarelli também pretende ouvir, a partir das 14h, o advogado de defesa do interno, que pleiteia o fim da internação; representantes do projeto de desinternação elaborado exclusivamente para Champinha; o advogado de acusação que quer mantê-lo internado; a perícia responsável pelo paciente; e os funcionários da UES da Zona Norte da capital paulista, onde o interno está desde os 21 anos sem poder sair.

O Supremo Tribunal Federal (STF), em março deste ano, negou o recurso da Defensoria Pública que solicitava a desinternação de Champinha, sugerindo a ida dele à casa de um parente e reavaliações periódicas em um hospital psiquiátrico até que atestasse a existência das condições necessárias à reintegração social.

Neste momento, o interno está internado na Unidade Experimental de Saúde pois teria uma doença mental. Champinha passa semestralmente por avaliações com psicólogos e psiquiatras, que elaboram laudos periódicos sobre o comportamento do rapaz.

O crime em Embu-Guaçu

Há cerca de 12 anos, Champinha e mais quatro homens participaram dos assassinatos dos namorados Felipe e Liana. O casal foi morto na mata de Embu-Guaçu, onde tinha ido acampar. Felipe foi assassinado com um tiro na nuca e Liana virou refém do grupo. Ela ficou quatro dias em cativeiro, período em que foi torturada e estuprada. Depois, foi assassinada a facadas por Champinha.

Desde o crime as condições mentais de Champinha se mantiveram inalteradas, segundo os laudos psiquiátricos. Neles, o interno é descrito como quieto, vivendo em um ambiente restrito, de convívio controlado com outros internos por estar jurado de morte. Mantém contato com sua mãe que o visita na UES do Pari, na Zona Norte de São Paulo. Para a Promotoria, Champinha tem de permanecer internado na UES porque pode voltar a cometer crimes se for solto para cumprir uma medida ambulatorial.


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