Em um de seus discursos mais duros contra o impeachment, a presidenta Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feria (11) que “o governo lutará” contra o processo que tenta tirar seu mandato. De acordo com ela, a adesão total do PSDB pelo impeachment “não surpreende”, uma vez que seria o tucanato quem alimentaria a argumentação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), contra o governo.
Em entrevista após a entrega do 21º Prêmio Direitos Humanos, no Palácio do Planalto, Dilma afirmou que “o governo não tem o menor interesse em interferir nem no PT, nem no PMDB, nem no PR. Agora, o governo lutará contra o impeachment”.
Questionada sobre a unificação da posição do PSDB em apoio à abertura de processo, Dilma disse que não se surpreendeu com a decisão do partido, principal opositor de seu governo. “Não é nenhuma novidade, não é possível que os jornalistas aqui presentes tenham ficado surpreendidos. Aliás, a base do pedido e das propostas do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, é o PSDB, sempre foi. Ou alguém aqui desconhece esse fato? Porque senão fica uma coisa um pouco hipócrita da nossa parte, nós fingirmos que não sabemos disso”.
Sobre a relação com o vice-presidente Michel Temer, a presidenta reforçou que os dois tiveram uma conversa “pessoal e institucionalmente muito rica” na última quarta-feira (9), após a polêmica em torno da carta com queixas enviada pelo vice a ela. “Colocamos a importância de todos os nossos esforços em direção à melhoria da situação econômica e política do país.”
*Com Agência Brasil
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