Coluna_Luiz_Chagas



"A Bossa de Cauby Peixoto". Foto: Reprodução
“A Bossa de Cauby Peixoto”. Foto: Reprodução

Sem Conceição  Com seu jeitão romântico, exagerado, poucos se dão conta de que Cauby Peixoto é bossa-novista de primeira hora. O timbre grave e aveludado da voz que conserva aos 85 anos não deixa dúvida. Tanto é que dos dez clássicos escolhidos só não havia gravado Este Seu Olhar (Tom), Amor em Paz (Tom e Vinicius) e Até Quem Sabe (Donato e Lysias Ênio). Além disso, Cauby garante que foi o primeiro a gravar Samba do Avião (Tom), em 1962. Surpreendente. Cauby Peixoto – A Bossa de Cauby Peixoto (Biscoito Fino)

"Nu", de Ligia Costa e Edson Secco. Foto: Reproldução
“Nu”, de Ligia Costa e Edson Secco. Foto: Reprodução

Experimento  Projeto criado pela cantora Ligiana Costa e o produtor Edson Secco, ambos compositores, Nu alia as experiências em música popular e o canto barroco da primeira com os trabalhos em música e sons para teatro e cinema do companheiro. Um convite para que as pessoas se dispam diante do desconhecido, dos medos, dos males da modernidade. Fala em bomba atômica, tsunami, Via Láctea, tem um hit de Britney Spears, Toxic, e a colaboração de um rapper norte-americano, MC Tef Poe. Curioso. Ligiana Costa e Edson Secco – Nu (independente)

"Repercutindo", de Gilson Peranzzetta e Amoy Ribas. Foto: Reprodução
“Repercutindo”, de Gilson Peranzzetta e Amoy Ribas. Foto: Reprodução

Técnica  Considerado um dos maiores arranjadores do mundo por ninguém menos que Quincy Jones, o pianista carioca Gilson Peranzzetta se une ao percussionista brasiliense, colega de uma década, em temas inspirados e homenagens, ao produtor Paulinho Albuquerque, Lá Vai o Cara, a Rildo Hora, em Fator RH, e nas autoexplicativas Luiz Eça é Pra Você, e Aprendi com Donato. Festa de ritmo e harmonia. Gilson Peranzzetta e Amoy Ribas – Repercutindo (Fina Flor)

"Júpiter", de Silva. Foto: Reprodução
“Júpiter”, de Silva. Foto: Reprodução


Com Marina
 
Quando surgiu à maneira de Prince tocando todos os instrumentos, e bem, Silva, o Lúcio, chamou a atenção da moçada. Cinco anos depois, com muitos quilômetros de estrada
e carimbos no passaporte, em seu terceiro lançamento o capixaba se simplificou. Planeta regente de seu signo no horóscopo chinês, Júpiter é também um disco de canções de amor, leves, à carioca, parcerias com o irmão Lucas. Coube até uma nova versão para a Marina de Caymmi, agora etéreo-eletrificada.
Silva – Júpiter (Slap)

*Além de pai de Tulipa e do multitalentoso Gustavo Ruiz, Luiz almoçou com Chrissie Hynde, jantou com Bo Diddley, tomou Coca-Cola com Caetano e integra o time de colunistas da Brasileiros. A seção Discos está aniversariando. São três anos, centenas de críticas – algumas das quais já lhe renderam inimizades irreversíveis –  mas a ideia sempre foi informar. Nepotismos à parte. 


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