Verônica Hipólito, 19 anos, é atleta paralímpica F38 e T38. São categorias para pessoas com deficiências motoras como a dela, vítima de uma paralisia do lado direito do corpo, provocada por um AVC, aos 14 anos, em 2011. Ela disputou cinco grandes competições paralímpicas. Mesmo assim, fez chover medalhas: foram 18, com seis recordes brasileiros e sul-americanos. Os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016 serão os seus primeiros como atleta. “Tenho feito o possível e o impossível para chegar lá, no meu Brasil, no auge, no melhor da forma, no topo da montanha. E apostem: vou conseguir”, diz ela com a confiança habitual. Confira as marcas:

Regional São Paulo
Medalha de ouro nos 100 e 200 metros rasos e no salto em distância, com recorde brasileiro e sul-americano nas três provas.

Mundial de Atletismo Paralímpico 2013, em Lyon, na França
Medalha de ouro nos 200 metros rasos e prata nos 100 metros rasos.

Jogos Para-Sul-americanos 2014, em Santiago, no Chile
Medalha de ouro nos 100 metros e 200 metros rasos e no salto em distância.

Open Internacional de Atletismo Caixa Loterias de São Paulo 2014, uma das sete etapas do circuito internacional do atletismo paralímpico
Medalha de ouro nos 100 e 200 metros rasos, com recorde brasileiro e sul-americano nas duas provas, e também ouro no salto em distância.

Verônica Hipólito com suas quatro medalhas conquistadas no Parapan-Americanos de 2015, no Canadá. Foto: Reprodução/Luiza Sigulem
Verônica Hipólito com suas quatro medalhas conquistadas no Parapan-Americanos de 2015, no Canadá. Foto: Reprodução/Luiza Sigulem

Jogos Parapan-Americanos 2015, em Toronto, no Canadá 

Medalha de ouro nos 100, 200 e 400 metros rasos e prata no salto em distância.

Posição atual nos rankings mundiais
100 metros rasos – Terceiro lugar
400 metros rasos – Segundo lugar
Salto em distância – Terceiro lugar.

Comentário de Verônica Hipólito
“Meu posicionamento no ranking mundial nessas três provas certamente seria melhor se eu pudesse ter participado de todas as competições que minhas adversárias participaram nos últimos cinco anos. Mas as duas cirurgias para tratamento do tumor na cabeça e outra, que retirou 90% do meu intestino grosso, com seus tempos de recuperação, me impediram de disputar provas importantes e de fazer e de manter pontos preciosos que, hoje, me colocariam em posição ainda melhor. Além disso, os 200 metros, prova em que apresento as melhores performances, não esta­rão nos Jogos Paralímpicos. O critério do Comitê Paralímpico Brasileiro, o CPB, para o atletismo é rigoroso: o atleta precisa estar entre os três primeiros do mundo para formar o Time Brasil naquela prova. Mas vamos para a frente: eu vou melhorar isso ainda mais e chegar ao Rio de Janeiro no ponto – e ponto.”


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