Caros, vai começar de novo. Estreia dia 17 de maio a nova novela da Rede Globo, em que, mais uma vez, teremos um homossexual na trama. Dessa vez será Marcello Antony, que viverá um gay com vida dupla: esportista, corredor de Stock Car, casado com uma mulher, e que vive no armário, apronta as suas às escondidas. Eu acho bárbaro que as novelas continuem a nos trazer para o horário nobre. O novo gay também será tio dos personagens vividos por Cauã Reymond e Kayky Brito, esportistas como ele, não sei como vão encarar a sexualidade do tio durante a trama. Antony é absolutamente masculino, quebra o estereótipo do homossexual afetado, do qual já vimos muitos no passado. É importante mostrar que um homem pode se sentir atraído sexualmente por outro homem, sem que para isso se torne uma mulher. Não sou preconceituoso, discriminando os afeminados, quem seria eu, mas a sociedade acostumou-se a nos ver assim: as bichas que desmunhecam. É saudável mostrar que testosterona também atrai testosterona. Na minissérie Cinquentinha, o gay foi um vilão (lindo!), achei ótimo! Ninguém precisa dizer que gay é bonzinho, só precisa mostrar que é gente como todo mundo, gente normal!
Quanto ao personagem estar no armário, tomara que levem essa discussão mais a fundo, pois vocês não imaginam a quantidade de gays que vivem vidas duplas, garantindo para si mesmos apenas a infelicidade. Um personagem desses é riquíssimo em termos de dramaturgia, bela chance para Silvio de Abreu, o autor, e para Antony. Não existe safadeza heterossexual que já não tenha sido mostrada com todas as cores e detalhes nos últimos 40 anos. Traição conjugal foi a base de quase todas as novelas, com antológicas cenas de flagrantes, não será essa a questão em foco, imagino. Mas, deixo desde agora a pergunta: será que vai haver alguma cena de afeto, um abraço carinhoso, um “Eu te amo” realmente dito com amor, ou o tão falado e esperado beijo gay? Terão coragem? Só vendo para crer.
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