Nossos históricos rivais não tiveram a mesma facilidade que a seleção brasileira durante as eliminatórias sul-americanas para a Copa da África do Sul. Pelo contrário, suaram muito para alcançar a classificação. Somente na última rodada, a equipe de Diego Armando Maradona conseguiu carimbar o passaporte para o primeiro mundial em continente africano. [nggallery id=14317] Apesar de ter apresentado um belo futebol na Copa do Mundo de 2006, a Argentina foi eliminada nas quartas de final pela Alemanha, nos pênaltis, após empate por 1 a 1 no tempo normal. O treinador José Pekerman foi afastado do comando da seleção e o velho conhecido Alfio Basile assumiu em seu lugar.As eliminatórias começaram aparentemente tranquilas, com três vitórias nas primeiras três partidas. Depois disso, foram cinco jogos sem vitória e a situação começou a se complicar para a equipe de Basile. Veio a Copa América, em julho de 2007, e nada como um Brasil no meio do caminho para estremecer de vez a situação argentina. Nossos hermanos alcançaram a final do torneio com um futebol muito bem jogado. Por outro lado, o Brasil, com uma equipe desfalcada (sem Kaká, por exemplo), chegou à decisão aos trancos e barrancos. Como diria o filósofo da bola e ex-jogador Jardel, “clássico é clássico e vice versa”. O vacilante Brasil passeou em campo e aplicou sonoros 3 a 0 na decisão.Totalmente estremecido, Basile largou o cargo em outubro de 2008 e a Argentina resolveu copiar o modelo brasileiro: chamar um jogador de sucesso na história recente do país para comandar a seleção. O escolhido não poderia ser outro: o unânime Maradona foi chamado para tentar dar um jeito no time, apesar de sua pouca experiência como técnico.Como prestígio não é sinônimo de sucesso, Maradona não conseguiu dar o ritmo necessário para os argentinos. O auge da desgraça veio com a derrota para a penúltima colocada Bolívia por inexplicáveis 6 a 1, em La Paz, em abril de 2009, pelas eliminatórias. A goleada ligou o sinal amarelo e colocou em risco a classificação para a Copa da África do Sul.Três rodadas seguintes, o adversário seria o Brasil, em Rosário. Antes, uma vitória contra a Colômbia (1 a 0), em casa, e uma derrota para o Equador (2 a 0), fora, ainda deixavam o time de Maradona em alerta. E, mais uma vez, a seleção brasileira de Dunga venceu e complicou a situação argentina nas eliminatórias. Uma categórica vitória por 3 a 1, diga-se. No jogo seguinte, mais uma derrota argentina, dessa vez para o Paraguai (1 a 0), em Assunção, e a queda para a quinta colocação na tabela, o que levaria os hermanos para a repescagem. A classificação estava seriamente ameaçada, ainda com duas rodadas do fim das eliminatórias.A Argentina não poderia nem pensar em resultados que não fossem vitórias. Na primeira batalha, em Buenos Aires, contra o último colocado Peru, a vitória veio, mas no sufoco: 2 a 1, com gol de Palermo, aos 47 minutos do segundo tempo. Na última “decisão”, a equipe enfrentou o rival Uruguai, adversário direto por uma vaga na Copa. Venceu fora de casa e conseguiu a quarta e última vaga direta, sem repescagem, para a Copa do Mundo de 2010, atrás de Brasil, Chile e Paraguai.A prova de que Maradona não conseguiu encontrar a formação ideal para sua equipe está nas convocações. Foram mais de 100 jogadores chamados, em menos de dois anos de trabalho. No mar de atletas chamados, um está mais do que confirmado e é titular absoluto do time. Lionel Messi, melhor jogador da atualidade, tenta alcançar o título que o colocaria de vez entre os grandes jogadores de todos os tempos.O problema é que, na seleção, o camisa 10 nunca conseguiu repetir as mágicas atuações do Barcelona, que fizeram dele o melhor do mundo. Na Argentina, ainda é visto com desconfiança por parte dos torcedores e até da imprensa. Uma boa Copa do Mundo com certeza acabaria com isso. Além de Messi, a lista de Maradona tem outros jogadores certos, como o veterano meio campo Verón, os atacantes Tevez e Higuaín e os zagueiros Samuel, Demichelis e Heinze. No mundial de 2010, a Argentina é cabeça de chave do grupo B, que tem mais Nigéria, Coreia do Sul e Grécia. Caminho aparentemente fácil para a segunda fase.

MAIS:
– Veja o nosso infográfico sobre os estádios da Copa
– Conheça as cidades sede com nosso infográfico
– Página especial da Copa do Mundo de 2010 no iG
Site oficial da Copa do Mundo de 2010


Comments

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.