Michael Jackson

No palco, um gigante!
No palco, um gigante!

Meus caros, a revista norte-americana Vanity Fair de julho traz  toda a história de Thriller, o clip-fenômeno de Michael Jackson, que mudou a história da mídia pop. Li do princípio ao fim, recomendo a todos vocês, não sei se os mecanismos de tradução do computador funcionam dentro daquele site, mas, vá lá, pelo menos pratiquem seu inglês. Jackson está em toda parte, amanhã faz um ano de sua morte. Acho que ele e Madonna foram os que mais aproveitaram o fato de terem vivido um momento fundamental na história da mídia pop: o surgimento dos videoclipes, da MTV, e até mesmo a massificação do home vídeo, que mudou a indústria cinematográfica. Outros os seguiram, mas eles explodiram naquele início dos anos 1980. Madonna continua arrasando, e Jackson está morto. Como diz a revista, Elvis foi o fenômeno da década de 1950, os Beatles da década de 1960, e Jackson, mais até que Madonna, marcou a história dos anos 1980. Até hoje, o maior recorde em vendagem de discos é dele, exatamente de Thriller, mais de 30 milhões de cópias vendidas.

Seu passado, como Testemunha de Jeová, e o assédio moral destruidor de seu pai, marcaram profundamente sua vida. O depoimento de várias pessoas que conviveram com ele naqueles dias mostram algo que nós ficamos sabendo muito depois:  ele era um menino. Podia ter a idade que fosse, mas sua mentalidade era de 12 anos. Praticamente assexuado, não conseguia sequer trazer sensualidade para cenas que dividia com atrizes, não conseguia ser homem, e chegou a confessar que era virgem quando tinha bem mais de 25 anos.

Foi ele quem fez isso consigo mesmo
Foi ele quem fez isso consigo mesmo

Centenas de teorias sobre sua morte surgirão agora, e eu tenho cá a minha. Muito antes da overdose de remédios liquidá-lo no ano passado, ele mesmo se destruiu. Sua incapacidade de se reinventar como astro o fez desaparecer da mídia. Preso sempre a àquele mesmo personagem marcado pelo retumbante sucesso do passado, ele acabou por se tornar um mutante incompleto: não era nem branco nem negro (destruiu seu rosto com as infinitas plásticas), não era criança nem adulto, não era gay nem hétero, ele conseguiu ficar em várias zonas cinzentas e indefinidas, impossibilitado de ressurgir como um novo astro, estava condenado a repetir sempre o personagem antigo. Lembrei do post de ontem, onde falo de pessoas que decidem mudar cirurgicamente sua sexualidade, não sabemos sequer se serão bem sucedidas. Temo que fiquem na mesma situação, nunca sendo uma coisa nem outra, vivam um meio termo, no qual é dificílimo ser alguém. Abraços do Cavalcanti


Comentários

7 respostas para “Michael Jackson”

  1. Avatar de Armando Petrelli
    Armando Petrelli

    A escolha de Alvaro Dias para vice de Serra tem a ver com o foto de Alvaro ser do membro do sindicato.

    Ler hoje a fofoca do principal colunista social de Curitiba, Reinaldo Bessa na Gazeta do Povo sobre a separação de um casal.

    Diante do sucesso de votacao recebidos pelos Gays nos BBBs, a equipe de Serra busca os mais 10% dos votos que faltam para a vitória. abs

    1. Armando, cuidado com o que a imprensa diz sobre os famosos. Para eles, todos homem de sucesso é um homossexual em potencial, ma sisso não quer dizer nada. O que mais ouço por aí é veneno na boca do povo.
      Abração do Lourenço

  2. isso mesmo acho que a falta de midia fez Michael se submeter a tudo pra aparecer, como por exemplo aqueles documentarios bizarros sobre sua vida e rotina.

    1. Mídia – esse foi o veneno que matou Michael Jackson. Excesso no início, falta no meio, absurdo total depois da morte dele. Triste em todos os momentos.
      Obrigado pelo comentário,
      Abração do Lourenço

  3. Meu caro, meio termo deve ser mesmo muito difícil. Sei lá que vida ele levou, mas que ainda me emociono ao ouvi-lo cantar, me emociono. Beijas.

    1. Baronesa,
      Acredite-me, eu adoro a maior parte das músicas dele. Quanta carreira ele não teria pela frente, se tivesse sobrevibido a sí mesmo.
      Abraços do Lourenço

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