Presidente do PMDB e ministro, Juca diz que “não há demérito em ser investigado

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“Não há demérito em ser investigado”, disse Jucá. Foto: EBC

O ministro do Planejamento, Romero Jucá, disse estar “muito tranquilo quanto a qualquer investigação” ao comentar a autorização dada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para a quebra de seus
sigilos bancário e fiscal em um inquérito que investiga fraude no repasse de emendas parlamentares. Ao todo, Jucá é alvo de seis inquéritos no STF.

“Não há demérito em ser investigado. O demérito é ser condenado. Não tenho nenhuma relação com essas questões que estão sendo colocadas. Estou muito tranquilo. Se não estivesse tranquilo não teria assumido a presidência do PMDB e comprado a briga que comprei”, disse o ministro, que deu entrevista no Ministério da Fazenda para anunciar a nova meta fiscal.

Segundo Jucá, nas democracias, “qualquer servidor pode ser investigado”. O ministro disse que prestou todas as informações pedidas pelo Ministério Publico Federal e que apoia a operação Lava Jato, que, segundo ele, mudou a relação entre políticos, empresas e empresários no Brasil.

Quebra de sigilo

A pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o ministro Marco Aurélio, do STF, autorizou hoje a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Jucá no período entre março de 1998 e dezembro de 2002. “O afastamento da garantia mostra-se imprescindível à elucidação dos fatos, consideradas as nuances do esquema delituoso”, diz o pedido de Janot.

De acordo com o inquérito, Jucá disponibilizou emendas parlamentares para destinar recursos federais para o município de Cantá (RR). Em troca, o senador teria recebido parte das verbas por meio de “licitações superfaturadas organizadas pelo prefeito da municipalidade, Paulo de Souza Peixoto”. As investigações contra Peixoto e as oito empresas citadas nos processos estão na Justiça de Roraima.


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