A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu à Procuradoria-Geral da República que dê seu parecer sobre um processo contra o deputado federal Celso Russomanno (PRB-SP) que poderá inviabilizar a candidatura do deputado à Prefeitura de São Paulo, em outubro.
Em fevereiro de 2014 Russomanno foi condenado pela 10ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal por ter pagado uma funcionária que trabalhava em sua produtora em São Paulo com recursos da Câmara dos Deputados. De 1997 a 2001, Sandra de Jesus atuou na empresa privada do parlamentar, mas teve seu salário pago pela Câmara. Ele foi condenado a 2 anos e 2 meses de prisão, em regime aberto. A pena de prisão foi substituída por prestação de serviços comunitários e pagamento de multa de 25 cestas básicas, no valor de 200 reais cada, mas a condenação foi mantida.
Russomanno tomou posse como deputado federal em 2015, e recorreu contra a condenação. Como tem foro privilegiado, seu recurso foi para o Supremo Tribunal Federal. Pela Lei da Ficha Limpa, pessoas condenadas por órgão colegiado em determinados crimes, como é o caso do peculato, ficam inelegíveis por oito anos. Se o STF mantiver a condenação até 12 de setembro, prazo final para o julgamento dos processos relativos às candidaturas, Russomanno não poderá disputar a prefeitura.
Segundo uma pesquisa Ibope divulgada no dia 21, Russomanno tem 26% das intenções de voto para a prefeitura. Em segundo lugar está embolado entre oito pré-candidatos: Marta Suplicy (PMDB), com 10%; Luiza Erundina (PSOL), com 8%; o prefeito Fernando Haddad (PT), com 7%; o empresário João Doria (PSDB), com 6%; e o vereador Andrea Matarazzo (PSD), com 4%. Se Russomanno tiver a candidatura cassada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), tudo muda.
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