O plenário da Câmara dos Deputados rejeitou nesta quarta-feira (6) o pedido de urgência para o projeto de lei que alonga as dívidas de Estados e do Distrito Federal com a União por 20 anos. Para ser aprovado, o requerimento precisava de 257 deputados, mas obteve apenas 253. Houve ainda 131 votos contrários e duas abstenções.
Foi a primeira derrota de Temer na Câmara. Todos os partidos governistas, com exceção do líder do Solidariedade, orientaram os deputados a votar a favor. Mas o esforço fracassou. Alguns culparam o líder do governo na Casa, André Moura (PSC-SE), pela derrota.
Deputados do próprio PMDB, o partido de Temer, contribuíram para a derrota. Quando o peemedebista assumiu o governo, em 12 de maio, seus aliados diziam que o Planalto teria o apoio de no mínimo 400 deputados, o que lhe permitiria aprovar emendas constitucionais com facilidade. Com os votos obtidos nesta quarta, contudo, o governo não conseguiria aprovar nem sequer um projeto de lei complementar.
O texto do projeto resultou de um acordo fechado no dia 20 de junho e que teve o aval do Supremo Tribunal Federal. Apesar do acordo, governadores do Nordeste reclamavam que a proposta não contemplava adequadamente a região.
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