O que é bom para a Lavajato é bom para os Estados Unidos

Barack Obama, presidente dos Estados Unidos - Foto: Divulgação
Barack Obama, presidente dos Estados Unidos – Foto: Divulgação

Não há explicação plausível para a badalação extraordinária que Sérgio Moro tem recebido nos Estados Unidos.

O americano médio certamente nem o conhece. Mas a mídia do país o coloca nas nuvens.

Acima de qualquer outro brasileiro.

Acima de qualquer outro juiz de qualquer outro país.

E por estar cumprindo tão somente o seu dever.  

Não é estranho?

Por que os Estados Unidos gostam tanto dele? E por que ele gosta tanto dos Estados Unidos?

Somente em 2016 ele entrou em listas dos mais importantes líderes mundiais (?) de duas das maiores revistas americanas e viajou três vezes ao país, para fazer palestra, para um jantar de gala e para passar férias.

Parênteses: desde quando juiz federal é “líder mundial”? Por que as revistas jamais colocaram em suas listas outro juiz de qualquer outro país?

A edição da revista Fortune de 24/03/2016 classificou Moro em 13º. lugar como um dos 50 principais líderes mundiais, ao lado do Papa (4º.), de Angela Merkel (2ª), do fundador da Amazon, Jeff Bezos (1º.) e à frente do presidente da Argentina Mauricio Macri (26º.). A revista ignorou solenemente a presidente Dilma e o ex-presidente Lula, cujo programa “Bolsa Família” tem sido alvo de aplausos em todo o mundo.

No dia 8/4/2016 Moro deu palestra sobre “Corrupção e desenvolvimento no Brasil” na 3ª edição do BrazUSC, na Universidade de Chicago.

A 21/04/2016 apareceu na lista das “100 pessoas mais influentes” da revista “Time” na categoria “Líderes”, ao lado de nomes como Barack Obama, François Hollande, Angela Merkel, Vladimir Putin e Kim Jong Un. Único brasileiro na lista, apelidado de “SuperMoro”, é tratado no Brasil, segundo Time “como se fosse uma estrela de futebol”.

No dia 26/04/2016 ele e a sua mulher, Rosangela Wolff, participaram do jantar de gala realizado em Nova York para receber o prêmio. Rosangela registrou em sua página do Facebook: “Em primeiríssima mão para os curtidores da nossa página. Sergio Moro representa Brazil. Festa revista TIME!”.

No dia 22/05/2016 a coluna Radar on line noticiou: “Sérgio Moro vai tirar uma folga da Operação Lava-Jato a partir da semana que vem, quando entra em férias. O juiz federal está de malas prontas para os EUA”.

Segundo documento do governo americano vazado pelo WikiLeaks, agentes norte-americanos do FBI influenciaram brasileiros a criar uma força-tarefa para trabalhar em um caso factual, que receberia assessoria externa em “tempo real” a partir do “Projeto Pontes” (bancado com recursos dos EUA), que consistiu de cursos de formação em São Paulo e Curitiba.

Sergio Moro participou do seminário na condição de palestrante, em outubro de 2009, expondo de acordo com o telegrama recebido pelo governo dos EUA, as “15 questões mais frequentes nos casos de lavagem de dinheiro nas cortes brasileiras”.

Será essa a origem do amor recíproco entre o juiz e o país de Obama?

O que é bom para a Lavajato é bom para os Estados Unidos?

E por que Obama tem tanto interesse nessa operação que destruiu a Petrobras, derrubou Dilma, criminalizou o PT e tenta inviabilizar a candidatura Lula em 2018?

Tudo isso precisa ser investigado.


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