Bancos e empreiteiras pagaram 50% dos custos das campanhas de Rodrigo Maia

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O novo presidente da Câmara Rodrigo Maia. Foto/EBC

Ex-funcionário dos bancos BMG e Icatu, nos quais trabalhou por sete anos, o novo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) foi apoiado em suas campanhas eleitorais principalmente por executivos do mercado financeiro. As prestações de contas das cinco candidaturas que Maia disputou desde 2002 (quatro vitórias à Câmara e uma derrota do Rio de Janeiro) mostram que mais de um terço dos gastos de suas campanhas provém do setor.

O BMG, que foi investigado no Mensalão, foi o principal doador, com R$ 2,4 milhões entre 2002 e 2014, em valores nominais não corrigidos pela inflação, do total de R$ 4,4 milhões provenientes do sistema financeiro, informa o jornal Folha de S.Paulo. Ao todo, Maia recebeu R$ 12,1 milhões em doações.

O ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga doou R$ 50 mil em 2010. Quatro anos depois, o operador do mercado financeiro Antônio José Carneiro, conhecido como Bode, desembolsou R$ 160 mil para a campanha.

Outro setor aliado de Maia é o da construção civil, que bancou 12,3% dos gastos de sua campanha. Algumas das doadoras são investigadas pela Operação Lava Jato, como a UTC Engenharia, que doou R$ 300 mil em 2010, e a OAS, que forneceu R$ 50 mil em 2012.

As empreiteiras e o setor financeiro representam metade dos custos das campanhas de Maia. O número pode ser ainda maior pois 31% das doações não são rastreáveis.  

Posições políticas

O deputado já defendeu um Estado “enxuto”, mas evitou abraçar abertamente o receituário liberal e fez algumas concessões a um maior papel do Estado na economia.  Maia se diz a favor da união civil homoafetiva, mas contra o casamento gay e o aborto. “Eu tenho convicções de um político conservador”, disse o novo presidente da Câmara.

Para Maia, o problema da direita brasileira é o preconceito da relação que se criou entre ditadura e direita. “A palavra direita ficou uma palavra que não agrega.”


Comentários

Uma resposta para “Bancos e empreiteiras pagaram 50% dos custos das campanhas de Rodrigo Maia”

  1. Se investigar direitinho, este será mais um que vai cair desta árvore.

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