A Polícia Federal entregou à Justiça o relatório final sobre a fase Triplo X da Operação Lava Jato, que investiga a suposta relação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com um apartamento tríplex no Guarujá, litoral de São Paulo. Lula e seus familiares não foram indiciados, mas sim a publicitária Nelci Warken, que admite ser dona do tríplex no Condomínio Solaris, no Guarujá, e funcionários da Mossack Fonseca no Brasil.
Além de Nelci, são arroladas Maria Mercedes Riaño (chefe do escritório da Mossack no Brasil), Luis Fernando Hernandez, Rodrigo Andrés Cuesta Hernandez, Ricardo Honório Neto e Renata Pereira Britto, que trabalhavam para a Mossack. Também é indiciado o empresário Ademir Auada, que intermediava negócios para a Mossack.
A Mossack Fonseca se tornou conhecida no Brasil após a divulgação dos chamados Panama Papers, em abril deste ano. A PF descreve a Mossack Fonseca como uma “organização criminosa de caráter transnacional, estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, voltada para a prática do crime de lavagem de dinheiro”.
No documento, de cinco páginas, a PF descreve a Mossack Fonseca como uma “organização criminosa de caráter transnacional, estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, voltada para a prática do crime de lavagem de dinheiro”. “As diligências efetuadas revelaram que a atividade principal da Mossack guardava relação com a abertura de empresas offshore, de forma a ocultar seus verdadeiros sócios e responsáveis. Nesse sentido, todos os que trabalhavam na empresa tinham plena ciência de que atuavam em um mercado voltado à demanda do trânsito de valores e bens de origem suspeita e duvidosa. Por tal motivo, foram indiciados como incursos no art. 1, par. 2º, inciso II da Lei 9.613/98”.
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