A morte do médico e Acadêmico Ivo Pitanguy, em agosto, deixou uma cadeira vaga na Academia Brasileira de Letras (ABL). A eleição de um novo ocupante para a cadeira de número 22 aconteceu na última quinta-feira (24). Os candidatos, por ordem de inscrição, eram Antonio Cicero, Francisco Weffort, Ricardo Cravo Albin, Walmirio Macedo, Lêda Prado, Eloi Angelos Ghio D’Aracosia, Guedes de Oliveira, Joana Rodrigues Alexandre Figueiredo, José Itamar Abreu Costa e Jeff Thomas.
O favoritismo do poeta Antonio Cicero e do cientista político Francisco Weffort já era previsível, mas o empate na decisão não. Ambos tiveram 17 votos no último pleito ocorrido no Petit Trianon da ABL. O terceiro mais votado foi o historiador e pesquisador de música popular brasileira Ricardo Cravo Albin.
Para haver um vencedor, é necessário que um dos candidatos tenha maioria absoluta. Antonio também se destaca como letrista, tendo músicas imortalizadas nas vozes de Adriana Calcanhotto (Inverno) e da irmã, Marina Lima (Fullgás). Weffort foi ministro da Cultura nos dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso.
O empate mostra algo que vem sendo cada vez mais explícito dentro da ABL: uma cisão entre os Acadêmicos ligados às letras (como literatos e linguistas) e os que não têm ligação com as letras (cientistas de outras áreas, por exemplo – como era Ivo). Com o resultado, as inscrições serão abertas novamente para que outra eleição seja marcada.
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