O ex-presidente e líder da Revolução Cubana, Fidel Castro, morreu na noite desta sexta-feira (25), aos 90 anos de idade. A informação sobre a morte de Castro, que ocorreu às 22h29, horário de Havana, foi anunciada na televisão estatal cubana na manhã deste sábado por seu irmão, o presidente de Cuba, Raúl Castro, que decretou luto oficial de nove dias no país a partir deste sábado.
Ao anunciar a morte de Fidel, Raul Castro afirmou: “Com profunda dor, compareço para informar ao nosso povo, aos amigos da América e do mundo, que hoje faleceu o comandante e chefe da Revolução Cubana Fidel Castro Ruz. Em cumprimento a vontade expressa do companheiro Fidel seu corpo será cremado. Até a vitória. Sempre”.
O governo de Cuba anunciou que o funeral de Fidel será realizado no próximo dia 4 de dezembro, no cemitério Santa Efigência, na cidade de Santiago de Cuba.
Fidel Castro é, ao mesmo tempo, adorado por muitos cubanos e também odiado por outros tantos que se exilaram principalmente nos Estados Unidos para fugir do regime socialista implantado durante a revolução cubana, liderada pelos irmãos Castro. Milhares de cubanos, que moram principalmente em Miami, nos Estados Unidos, saíram às ruas para celebrar a morte de Fidel.
Conhecido como “Comandante” pelos cubanos, Fidel era personagem de várias histórias e boatos. “Ele não dorme”, “ele não esquece de nada”, “é capaz de te penetrar com o olhar e descobrir quem você é”.
Fidel sempre teve uma saúde de ferro, até quando enfrentou uma hemorragia intestinal durante uma viagem à Argentina aos 80 anos de idade. Em 31 de julho de 2006, os problemas de saúde provocados pelo avanço da idade o fizeram delegar temporariamente o poder a seu irmão Raúl.
Em fevereiro de 2008, Fidel renunciou oficialmente ao cargo de presidente cubano e, desde então, era o principal conselheiro do Partido Comunista e do novo governo. A fragilidade da sua saúde já tinha provocado boatos sobre sua morte várias vezes nas redes sociais.
A era Fidel Castro vem se dissolvendo pouco a pouco, enquanto uma nova Cuba surge devido a uma série de reformas econômicas e da retomada das relações bilaterais com os Estados Unidos, rompidas há mais de meio século. Fidel assistia a tudo isso de longe, mas não deixava de fazer suas análises em artigos publicados no jornal oficial cubano Granma.
* Com informações da Agência Brasil e Agência Ansa
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