Alertado pelo TSE de Honduras de que o estado de sítio de 45 dias coloca em risco as eleições no país, pois impede a realização da campanha eleitoral, o presidente golpista Roberto Micheletti declarou na quarta-feira que analisa suspender a medida. “As eleições não se detêm” disse ele.
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O alerta foi feito em reunião mantida na Casa Presidencial entre Micheletti e os magistrados do Tribunal Superior Eleitoral, David Matamoros e Enrique Ortez Sequeira. Matamoros explicou, numa roda de jornalistas ao final da reunião, que foi pedida por eles a eliminação do decreto “para que assim não haja dúvidas sobre a legalidade dos comícios para as eleições de 29 de novembro.”
Na mesma roda de jornalistas, Micheletti disse que aceitou analisar a solicitação do TSE e voltou a insistir que o decreto “será revogado de maneira oportuna”, mas observou que vai consultar a Corte Suprema de Justiça (CSJ) e outros órgãos do Estado para tomar uma decisão “consensuada”.
Para Micheletti, a solução para a crise política é a realização das eleições. Mas, para organismos internacionais como a OEA e a ONU, não basta suspender o estado de sitio e sim devolver ao poder ao presidente eleito, Manuel Zelaya, que está há 11 dias hospedado na embaixada brasileira em Tegucigalpa para que as eleições ocorram de forma transparente e democrática.
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