Na série sobre as nove sedes da Copa do Mundo, deixamos a melhor para o final. Ou pelo menos, a mais importante. Joanesburgo está na região central da África do Sul e será palco da grande final, no dia 11 de julho, além de dois jogos do Brasil na primeira fase (aguarde a série sobre os estádios da Copa).
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Por sua localização longe da costa, local de chegada dos descobridores portugueses à África do Sul, Joanesburgo só foi se tornar uma potência mais tarde. No começo da década de 1880, começaram a se espalhar os primeiros indícios de solo fértil para a mineração no país. Com a corrida ao ouro, poucos anos depois os primeiros europeus chegaram ao que viria a ser Joanesburogo e descobriram uma região muito rica para a extração do material. Assim, ali resolveram se assentar e fundar a cidade, no ano de 1886.
De lá para cá, a cidade cresceu de maneira assustadora, alavancada pelo ouro e pelo diamante. Atualmente, é a maior da África do Sul e uma das maiores do continente. Em Joanesburgo vivem aproximadamente 5,3 milhões de habitantes, em uma área urbana de 1.664 km². Economicamente, é o grande centro do continente africano, responsável por aproximadamente 16% do PIB sul-africano.
Por ser essa potência econômica e totalmente industrializada, Joanesburgo não é dos destinos mais procurados pelos turistas, mesmo com o maior aeroporto da África do Sul. A cidade costuma receber turistas de passagem, que vão ao país em busca das praias, das savanas e dos safáris. Normalmente, quem fica em Joanesburgo são executivos em busca de negócios. Nesse sentido, a cidade pode ser comparada com São Paulo.
Mas, com a Copa do Mundo, a cidade está disposta a mostrar uma outra face para os milhões de visitantes e para o mundo. Uma das marcas registradas de Joanesburgo é o subúrbio de Soweto. Sua história vai muito além da fachada de imensa e pobre favela. O local foi um dos principais focos de resistência durante o apartheid e hoje é símbolo de liberdade e igualdade. Nelson Mandela viveu boa parte de sua vida em Soweto e sua casa no local virou um pequeno museu de memória. Para o turista que deseja presenciar esse importante marco na história sul-africana, hoje é possível participar de visitas guiadas pelo local.
Já que o assunto é apartheid, outro destino obrigatório para se entender mais sobre o absurdo regime no país é o Museu do Apartheid, que conta em detalhes a história da África do Sul e o cotidiano das pessoas durante o regime segregacionista. O Museu é uma das atrações mais visitadas do país. Não deixe de ir.
Em Joanesburgo, às vezes até se esquece que estamos na África. Apesar de a cidade ser bastante arborizada, sua atmosfera industrial contrasta com a natureza selvagem de outras cidades da África do Sul. O que mais se aproxima do lado selvagem africano é o Zoológico de Joanesburgo, um dos maiores do país. Entre os mais de três mil animais, há raríssimas espécies do leão branco e alguns tigres siberianos, muito difíceis de serem mantidos em espaços fechados. Uma curiosidade histórica do Zoológico de Joanesburgo é que ele foi um dos poucos locais que permaneceu aberto para todos, mesmo durante o apartheid.
Como toda grande metrópole, Joanesburgo é conhecida por ter uma vida noturna agitada. Para os mais animados, a dica é o Afrodisiac and Voodoo Lounge, um complexo que envolve restaurante e bar/boate. Mas, para uma experiência mais nativa, o lugar ideal é o famoso Clube Taboo, que conta com boa e dançante música e atrai tanto locais quanto turistas.
Joanesburgo foi a última cidade que apresentamos nessa série das nove sedes da Copa do Mundo de 2010. Agora, é esperar e torcer para que a cidade seja também o último destino da seleção brasileira, em 11 de julho.
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MAIS:
– Página especial da Copa do Mundo de 2010 no iG
– Site oficial da Copa do Mundo de 2010
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