Nesta segunda-feira (7), a seleção brasileira de Dunga enfrentou seu último adversário antes da estreia na Copa do Mundo da África do Sul, no dia 15, contra a Coreia do Norte. Diante da fraca Tanzânia, mais uma fácil vitória, dessa vez por 5 a 1. Na quarta-feira passada (2), o Brasil bateu Zimbábue por 3 a 0. [nggallery id=14275] O resultado de hoje começou a ser construído logo no começo do jogo, com dois gols de oportunismo de Robinho. Na segunda etapa, Dunga alterou algumas peças e deixou o meio campo da seleção mais veloz e ofensivo. Prova disso foi o gol logo aos 8 minutos, marcado por Ramires, que entrou no lugar de Felipe Melo.Outra boa notícia foi o desempenho de Kaká, provando que está realmente recuperado de lesão no púbis. O atleta do Real Madrid participou ativamente dos lances brasileiros e foi o autor do quarto gol da seleção.Aos 41 minutos de jogo, saiu o tão esperado gol tanzaniano, comemorado como um título da Copa do Mundo. Aziz completou de cabeça o escanteio cruzado. Mas no final, Ramires fez mais um e deu números finais para a partida.Teoricamente, esse é o último grande teste (!) da seleção antes da Copa do Mundo, apesar de que a Tanzânia, em seu dia mais inspirado, nunca seria capaz de testar a seleção brasileira. A última partida antes de um mundial é muito mais para dar segurança à equipe, pegar confiança individual e, por que não, colocar um ponto de interrogação na cabeça do treinador.A história mostra que, nos anos em que o Brasil se sagrou campeão, o último adversário antes da grande festa do futebol sempre foi uma equipe incapaz de competir de igual para igual com a seleção canarinho.Em 1958, antes da Copa do Mundo na Suécia, o Brasil se preparou na Itália. Para entrosar os jogadores em campo, a CBF, na época CBD, promoveu um amistoso não-oficial contra a Inter de Milão, a uma semana da Copa. Diferentemente do que acontece hoje, naqueles tempos a imigração dos grandes jogadores do mundo para o futebol europeu praticamente não existia. O time mediano da Inter não foi páreo para o Brasil mesmo sem Garrincha e Pelé. 4 a 0, com gols de Dino Sani, Mazola, Dida e Zagalo. Mesmo resultado do outro jogo não-oficial realizado na Itália, contra a Fiorentina.Nosso último confronto antes do bicampeonato, em 1962, foi realizado duas semanas antes do início da Copa do Mundo do Chile. A então campeã do mundo derrotou o País de Gales por 3 a 1, com gols de Vavá e de Pelé (2), que se machucaria no segundo jogo daquele mundial e deixaria toda a responsabilidade de ser o diferencial da seleção para Garrincha.Os amistosos que precederam a Copa de 1970 foram fundamentais para a formação da equipe campeã. O Brasil chegou um mês antes ao México e realizou a preparação na cidade de Guadalajara. Nos três jogos-treino antes do mundial, três goleadas: 3 a 0 contra um combinado de Guadalajara, 5 a 2 contra um combinado de León e mais 3 a 0 sobre o Irapuato. Os testes serviram para Zagallo experimentar várias formações e, finalmente, se convencer de que Rivelino, Gérson, Tostão e Pelé poderiam atuar juntos, com Jairzinho completando a linha de frente. Poderosa linha de frente que encantaria o mundo e traria o tri para o Brasil.Na Copa dos Estados Unidos, onde o Brasil conquistou o tetra, a preparação antes do torneio foi intensa. A 15 dias para a estreia brasileira, a equipe de Parreira ainda teria três confrontos. No primeiro, no dia 5 de junho, empate contra o Canadá por 1 a 1. Três dias depois, um 8 a 2 contra a insignificante Honduras. Para terminar, mais uma vitória, dessa vez por 4 a 0 contra El Salvador, com gols de Romário, Bebeto, Zinho e Raí. No último teste, uma lesão na coxa direita tirou o zagueiro Ricardo Gomes da Copa, a pouco mais de uma semana da estreia.Na campanha do último título brasileiro, a Malásia seria o desafiante, na verdade uma espécie de sparring para a seleção brasileira, em jogo que foi realizado pouco menos de 10 dias antes do jogo contra a Turquia, o primeiro na jornada do penta. Ronaldo, Juninho Paulista, Denílson e Edílson marcaram na vitória por 4 a 0.Mas mesmo os sacos de pancada já tiveram seus dias de glória contra a seleção mais vitoriosa do planeta. Apesar de não ser considerado um amistoso oficial, já que o Brasil vestiu uniforme de treino, sem numeração, nada apaga a derrota sofrida para o combinado da Úmbria, uma equipe formada com jogadores de região italiana, por 1 a 0. A improvável derrota seria um presságio para uma das piores campanhas brasileiras em Copas, no que ficou conhecido como Era Dunga.Que os fáceis triunfos sobre Zimbábue e Tanzânia sejam um presságio de uma nova Era Dunga.Fonte: Todos os Jogos do Brasil, Editora Abril, de Ivan Soter, André Fontenelle, Mario Levi Schwartz, Denis Woods e Valmir Storti
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