O núcleo editorial da SP-Arte

Acontece até hoje (6), no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, a feira internacional de arte, SP-Arte. Já contamos por aqui que, nesta décima edição, o evento trouxe 136 galerias, de 18 países diferentes, como a norte-americana Christophe Van de Weghe – e as peças de Andy Warhol, Basquiat e Alexander Calder.

Mas hoje vamos falar um pouco do núcleo editorial da feira, que apresenta livros de arte, editoras de livros do segmento e lançamento de algumas obras. Sete editoras cohabitam o pavilhão com as grandes obras na bienal: cinco brasileiras – como a Cosac Naify -, e duas estrangeiras – Kitschic (Barcelona) e La Silueta (Bogotá).

Fomos conhcer a ultrafofa  La Silueta Ediciones. O selo tem sete anos, mas os sócios Juan Pablo Fajardo e Andrés Fresneda trabalham com design gráfico desde 1998 – quando eles ainda faziam faculdade. A editora começou com catálogos de arte e atendendo grandes museus do país, como o Museo del Oro. Com o tempo, se especializou em publicações relacionadas com a arte, cultura, fotografia e ilustração, além das graphic novels. Eles participam de grandes feiras de arte mundo a fora, como a Vancouver Art/Book Fair, e esta é a segunda vez que eles se apresentam na SP-Arte.

Em todas as atividades que desenvolvem – seja um encarte de CD de música regional dos palenques (como os colombianos conhecem os quilombos) ou um livro-experimento de um artista -, tudo gira em torno do papel. Em entrevista à Brasileiros, Juan Pablo explica que eles amam o papel (apesar de saber que o digital é tão querido e democrático) e que “abrir a mente” é o objetivo com os leitores, e que fazem isso usando traços diferentes, com papéis de diversas gramaturas e qualidades, resignificando usos,  investigando e experimentando formatos e usos. “Fazemos os livros que gostaríamos que existissem. Apostamos no projeto gráfico porque acreditamos no papel e nas possibilidades dele. Pensamos também no digital, estamos criando uma novela animada, o ‘Virus tropical’”, conta.

“Por Dentro”, de PowerPaola, é uma das apostas da editora. Assim como “DobleFaz”, de Nicolas Paris. No livro, conforme você vai dobrando as páginas vai descobrindo novos recortes e detalhes nos desenhos. Em “Carelibro” (ou facebook), de Mateo Ribano, todas as das páginas giram em torno dos olhos – esferas recortadas desde a página principal do livro-, veja no vídeo abaixo. E tente conhecê-los na feira, que chega ao fim neste domingo. Mas, você consegue acompanhar o trabalho deles em sua página do Facebook.