Maria Bethania - Foto: Marcos Pinto
Maria Bethania – Foto: Marcos Pinto

Aos 70 anos, recém-completados, Maria Bethânia está feliz (“não mudou nada!”) e continua respirando poesia. Sua voz, seu sorriso e mesmo os longos cabelos jovialmente brancos parecem moldados em versos. A voz, particularmente, tem a força da autenticidade. A um só tempo grave e doce, ocupa o espaço ao redor com a sabedoria mansa de quem conhece a fundo o peso de cada palavra. Desde o início da carreira, quando substituiu Nara Leão no espetáculo Opinião, aos 17 anos, e principalmente depois do encontro com o ator e diretor Fauzi Arap, sua marca como artista traz a mistura única entre a música, a literatura e também o teatro. A frutífera parceria com Arap, que se estenderia até a morte deste, em 2013, mostrou logo a que veio com o revolucionário Rosa dos Ventos, em 1971. Para a historiadora Heloisa Starling, pesquisadora do programa, “a matéria de maior impacto e sem similar na vida cultural brasileira nesse espetáculo vinha da refinada bricolagem com que Bethânia procedia ao cruzamento entre a literatura cantada e escrita no Brasil. A originalidade de Bethânia é fazer esse cruzamento na forma de fragmento – que lhe permite flagrar o movimento de trânsito entre a literatura do livro e a da canção e a transformação de uma em outra, sem que haja qualquer necessidade de explicá-las de maneira mais ou menos sistemática.” No ano passado, quando comemorou 50 anos de carreira, a pedido da UFMG preparou um surpreendente recital com fragmentos de seus poemas e textos favoritos, de autores que vão de Fernando Pessoa a Fausto Fawcett. Daí surgiu o livro Caderno de Poesias (cujo excelente texto de abertura é assinado pela mesma Starling, professora na universidade mineira). Com esse repertório, apresentou-se em escolas públicas, encontros internacionais e congressos. Num desses, na cidade portuguesa de Braga, surgiu a inspiração para um programa de televisão que levasse a poesia a um número maior de pessoas. “Fizemos o projeto do Poesia e Prosa com Maria Bethânia para o canal Arte 1 e ela contribuiu bastante com a ideia. Todo o processo criativo se deu junto com ela. Bethânia está resgatando essa arte de declamar. Isso que é o mais importante desse projeto”, diz, sorridente, a diretora Mônica Monteiro, CEO da produtora Cine Group, que já ganhou três prêmios da APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte).

O primeiro de quatro episódios estreou no último dia 3, às 22 horas. Ao lado de Caetano Veloso e da professora da USP Nádia Gotlib, Bethânia debateu, declamou e cantou Clarice Lispector, autora que lhe é muito cara desde menina (sintomaticamente, Clarice foi ver Bethânia em Rosa dos Ventos). Guimarães Rosa é o tema do próximo, no dia 10, com o cantor e compositor Paulo César Pinheiro, o historiador Alberto da Costa e Silva e o escritor moçambicano Mia Couto, num depoimento gravado. Em seguida, no dia 17 de julho, vem João Cabral de Melo Neto, poeta sobre quem a Abelha Rainha bate papo com o amigo Chico Buarque e o professor da UFMG Wander Miranda. Heloísa descobriu em sua pesquisa uma história fascinante: Cabral teria perdido temporariamente o cargo de embaixador, em 1952, sob a acusação de ser agente soviético! Segundo ela, o jornal de Carlos Lacerda, Tribuna da Imprensa, barbarizava: denunciou a existência de uma célula comunista atuando no Itamaraty – que batizou “a célula Bolívar” –, acusou João Cabral de ser seu principal dirigente e alertou as autoridades que o propósito da célula era o de fazer funcionar “uma peça da engrenagem internacional que trabalha para a Rússia e pretende colocar os segredos militares brasileiros nas mãos de Moscou”. Por fim, no penúltimo domingo de julho, dia 24, será a vez de Castro Alves, primeiro poeta que Bethânia leu, quando pequena, na escola, e que ela fez questão de que estivesse em um dos programas. Junto com ela, o poeta “maldito” Jorge Mautner e a professora Vânia Apa­recida. A possibilidade de novos Poesia e Prosa está em aberto. A cantora fala mais sobre isso, sobre seu amor à palavra, sua carreira, seu jeito de ser e seus mentores numa conversa com a reportagem de CULTURA!Brasileiros na bela chácara Villa Riso, em São Conrado, no Rio. Ah, ela também fala sobre o providencial chuveiro de um certo Marcello Mastroianni.

CULTURA!Brasileiros – Como se formou essa conjunção de música, teatro e poesia na sua carreira?
Maria Bethânia – Bem no começo, no Opinião, com o Augusto Boal, Zé Keti, Oduvaldo Vianna Filho, João do Vale e Nara Leão, que me convidou para seu lugar. Sempre adorei o palco, foi bom estrear já com uma coisa meio misturada. Logo a seguir, em 1965 ou 66, o Fauzi Arap encenou, no mesmo teatro, Dois Perdidos Numa Noite Suja, do Plínio Marcos. Eu fui assistir e me apaixonei por ele. Desde aquele primeiro encontro, ficamos muito juntos. Naquela época, as pessoas só me chamavam para cantar “Carcará”. Queriam que eu entrasse, fizesse “Carcará” e fosse embora. Comecei a ficar infeliz com aquilo, era muito pouco. E o Fauzi entendeu. Em 1968 ele abandonou a carreira de ator e me convidou para fazer o Comigo me Desavim (no Teatro Ruth Escobar, em São Paulo), que era um espetáculo de música, com poesia e prosa. O título é de um poema do poeta português Sá de Miranda, que Fauzi me apresentou antes de me apresentar o Fernando (Pessoa). Caetano fez a música. No encerramento do espetáculo, eu lia o Mineirinho, da Clarice Lispector, que era um artigo de jornal. Eu não tinha formação nenhuma, nem de cantora nem de atriz, mas o Fauzi me tranquilizou: esse é o seu caminho. E começou a me orientar, a me dirigir, a escrever para mim, a fazer os espetáculos, junto com o Flávio Império. Ele me deu a cartilha para me expressar. Até hoje é como eu ando. Em tudo o que fiz ou ele estava presente para me dirigir ou me aconselhava sempre que eu precisava tomar uma decisão.

E sua experiência com o Boca de Ouro, do Nélson Rodrigues?
Não, mas isso era em Salvador, eu era muito menina, fazendo ginásio. Fiz só duas noites, meu pai foi lá, me catou pelo braço e disse: não vai mais não (risos). Eu fazia a abertura à capella, cantando escondida no escuro. Era muito violento o texto e a gente vivia num ambiente muito familiar. Quando surgiu o convite para o Opinião, eu tive de pedir permissão para os meus pais. E eles a deram, com a condição de que Caetano fosse junto, cuidando de mim (risos).

Como foram seus primeiros contatos com a poesia?
Lá em casa era muito comum as pessoas recitarem poemas, muitos amigos de meu pai eram poetas. Me lembro bem deles falando sobre livros e autores, minha mãe meio servindo, meio cantando, era um movimento todo muito bom. Minha irmã Mabel era poeta e nos ensinava muito e Caetano, quatro anos a mais que eu, me orientava, me ajudava a escolher o que eu quisesse ler. Nada professoral, era bem vago. Porque eu não gostava dessa coisa rígida de colégio, de sentar para estudar. Mas aprender sempre foi a minha paixão. O Caetano descobriu isso logo cedo, então já me ensinava tudo meio tortinho. Meio por fora, meio no silêncio, meio soltando uns comentários sobre poemas.

Ouvi de um rapaz do Projeto Miguilim, que reúne contadores de histórias do Guimarães Rosa, lá em Cordisburgo, que a voz dá mais força para o texto. A poesia também muda quando é falada?
Ela é outra. Você contribui com ela. E isso que é a grande mágica. Você se vê dizendo coisas que nem sabia que tinha acreditado, nem sabia que iam lhe agradar, é uma delícia. Existe, além do Miguilim, que é muito bom, o Projeto Brasileirinho – Os Tons da Aquarela Cultural de Nosso País. Quando eu fiz o Brasileirinho ao Vivo (disco e DVD de 2004, em que ela recita de Guimarães Rosa a Mário de Andrade), os professores da escola (Colégio Estadual Vicente Jannuzzi, no Rio) quiseram levar aqueles temas e poetas que escolhi para as salas de aula. Virou um movimento dentro da escola. É lindo. Eles têm competição de poesia, de pintura, de música, já têm orquestra. E se apresentaram na Academia Brasileira de Letras, cantando Villa-Lobos. Não é bom?

Como se deu a escolha dos autores para o programa?
Eu logo pedi que tivesse o Castro Alves. Porque foi o primeiro poeta que aprendi com o meu extraordinário professor de Português Nestor de Oliveira, amigo de meu pai. E agora li esse livro do professor Alberto da Costa e Silva (Castro Alves – Um Poeta Sempre Jovem, Companhia das Letras) e fiquei muito entusiasmada com a forma como ele contou sua vida. Depois Guimarães, porque está ligado a mim para sempre, por conta de tudo e do show Brasileirinho (“a relação de Bethânia com o Brasil é análoga a de Guimarães Rosa: pessoal, intransferível e integralmente elaborada no mundo dos afetos. Passa ao largo de qualquer sentimento eufórico, ideológico, utópico, otimista ou nacionalista”, comenta Heloísa). Clarice foi a primeira autora brasileira que falei em cena, em 1968. E João Cabral porque é unanimidade e porque ele é o mais distante do trabalho que faço. Eu lido pouco com a obra dele. Porque acho que ele quis assim. A poesia dele é assim. A palavra “pedra” distancia um pouco. Eu sou cantora popular, eu mexo com a emoção. Eu sou Vinicius de Morais, eu sou a estranheza de Clarice, eu sou o profundo de Guimarães, mas ele, e a poesia dele, é tudo isso e ainda por cima o mau humor dele (risos), as dores de cabeça dele. Ele tinha de estar. Primeiro porque é um gênio, sua obra é fora do comum. E era um desafio. Eu pensava: como é que eu vou fazer isso? Não conheço esse moço! Lá fui estudar. Não sou boa aluna, sou aprendiz. Foi um caminho doce, o aprendizado. (Aprendizado, esse, que certamente passou pela deliciosa história contada por Heloísa: “João Cabral tinha pouca paciência com a musicalidade do verso e a tematização do amor, características da canção popular. Certa vez, em Genebra, Vinicius de Moraes convidou o amigo para um bar, levou junto o violão e desfiou todas as suas últimas composições – arrematou com o então recém-composto ‘Samba em Prelúdio’. João horrorizou. Tanto com a lírica amorosa quanto com os versos melódicos de Vinicius. Como é possível ficar se confessando através de poemas? – deve ter se perguntado. E partiu para a provocação: ‘Me desculpe, Vinicius, mas por que todas as suas músicas falam de coração? Será que você não tem outra víscera para cantar?’ Vinicius danou-se: ‘Pois é, João, você continua um nordestino seco. Mas não se preocupe: um dia ainda vou colocar música em um desses seus poemas de cabra’”.) 

Já que falamos nele, e o Vinicius, que é um dos poetas que você mais cantou?
Vinicius foi pensadíssimo! Não foi esquecido não. Mas aí tinha o João Cabral batendo ali na porta (risos). Vinicius é uma potência. Era tudo para mim: pai, irmão mais velho, primo, mentor, me dava muito carão, me fazia rir muito, o que você quiser. E uma poesia que eu vivo e com a qual convivo diariamente. Um dia faremos!

Também ficaram de fora Fernando Pessoa e Sophia de Melo Andresen, dois poetas portugueses de sua predileção.
Não só eles, mas também o Craveirinha, por quem sou apaixonada. Quem sabe o Poesia e Prosa tenha ainda muitos outros episódios? Tomara! Este ano talvez eu faça uma leitura com outros escritores do universo luso, o Mia (Couto) e o (José Eduardo) Agualusa, lá na África, numa universidade em Moçambique. Vou dizer poemas de brasileiros e de poetas jovens africanos, como a Ana Paula Tavares, que é linda e muito talentosa.

“EU SOU CANTORA POPULAR, MEXO COM A EMOÇÃO. SOU VINÍCIUS, SOU A ESTRANHEZA DE CLARICE, O PROFUNDO DE GUIMARÃES. O JOÃO CABRAL É TUDO ISSO E MAIS O MAU HUMOR DELE”

O Mia Couto e o Agualusa são romancistas. Você lê bastante prosa também?
Adoro ler prosa. Mesmo porque na hora de dormir não dá para ler poesia, pois acorda a gente (risos). Caetano é que diz: não leve livro de poesia para a cama! Dá insônia. E é verdade.

Como a poesia mexe com você?
É fundamental. É o que garante que a gente pode sobreviver a tudo o que tem de atrapalhado no mundo. Para mim a poesia é o melhor condutor, o melhor amigo, a melhor mão dada que existe. Acho que ela sempre deve estar na vida da gente, de algum modo. Tem esse silêncio nela. Como na frase da poeta Neide Archanjo: a poesia é uma pétala caindo no abismo. É muito maluco, tira mesmo o sono (risos)! Poesia mexe com a gente, dentro, fundo. Desestabiliza. Mas também guia. E faz a gente ficar inquieta, que é saúde, né? Eu acho que a inquietação, não se conformar e querer mais, sentir estímulo, é o que é a grande saúde. E a poesia energiza por esse caminho.

O que pode ser muito bom neste momento de crise.
Sim, acho que a poesia convém nesse momento. Acho que é útil. É muito desassossego no mundo e muita turbulência no Brasil. Parece que o silêncio acabou, que as delicadezas acabaram. Tem de ter peito, de ser macho, de ser mulher, como eu digo nos meus espetáculos, para ler poesia. Porque se ficar batendo a cabeça na parede não vai. Então voa um pouquinho, vê outra escapatória, deixa os sentidos falarem. Permita-se intuir. Sair do matemático: mais, menos, mais, menos. É um tiquetaque em que a hora não passa. É um relógio quebrado. Tenho muito medo, muito receio, mas também tenho muita esperança de que o Brasil não se perca. Acho que temos um país bonito demais para se perder, muito novo. Não merece nada disso que está acontecendo. Seus artistas, seus autores, seu povo, seu silêncio, seu sofrimento, seus milagreiros, seus vencedores. Tudo! A gente tinha de saber aproveitar essa oportunidade aqui na Terra, olhar direito o Brasil.

“Carta de Amor” (musicado por Paulo César Pinheiro no disco Oásis de Bethânia, de 2011) é um dos poucos textos públicos seus. Você escreve com frequência?
Escrevo. O “Carta de Amor” aconteceu assim. Eu liguei para o Fauzi muito zangada com o estado das coisas e ele me disse: desliga o telefone, escreve um pouquinho o que te vier à cabeça e me liga de novo daqui a 15 minutos. Saiu assim, em menos de 15 minutos. Fauzi me ajudou muito a viver. E me ajuda ainda, mesmo tendo morrido, tudo o que ele me ensinou me encaminha muito. Quando ele leu o “Carta de Amor” riu muito e falou: vou mexer hein? E eu disse: pode mexer, vou queimar mesmo. Eu queimo tudo. Porque acho que o lume é uma coisa que feiticeiramente eterniza. Como acho que não sou escritora, então tudo bem. O Wally Salomão ficava maluco e dizia: vou aí com meu baú e minha chave para guardar tudo (risos). Queimo, adoro, acho lindo. Para mim purifica a palavra, limpa, sou maluca por isso. Eu quero chama (risos)!

Uma dúvida sobre sua carreira: porque você não fez parte do grupo tropicalista, em que estavam todos os seus amigos e parceiros?
Fui eu que pedi para o Caetano tocar guitarra (risos)! Mas disse: não vou entrar na roda, façam as canções e eu canto o que eu quiser cantar. Não vou me comprometer com o estilo, o movimento; não suporto isso, para mim é igual a ir para o colégio. Botar farda, ficar igual: não gosto! E eles entenderam isso, Caetano me conhece talvez até melhor que eu, Gil e Gal também conhecem bem esse meu lado. Isso nunca os ofendeu. E eu sempre gravei músicas do Tropicalismo. Mas não gosto de nenhum elo, não gosto de cadeia. Eu tenho esse jeito esquisito.

Outra curiosidade: como foi a participação da Jeanne Moreau lendo o poema do Vinicius no seu disco Maria?
Foi muito comovente. Quando eu fazia o Rosa dos Ventos, ela estava filmando Joana Francesa (filme de Cacá Diegues, lançado em 1973). E por algumas tardes, ela saía da praia e ia assistir a meu espetáculo, que era às sete da noite. Eu a conheci e eu sempre adorei a voz dela. Além disso, ela canta muito bem, né? Aí a convidei no fim dos anos 80 para cantar comigo esse poema do Vinicius, que adorava ela. Mas ela quis dizer o poema. Em francês, numa versão que ela ajudou a fazer. E ela adorou. Foi emocionante. Depois da gravação fiquei uns dez dias em Paris. Nos encontrávamos muito, ríamos muito, conversávamos. Fiquei num hotel onde se hospedava o Marcelo Mastroianni. Só que lá não tinha chuveiro. Era só banho de banheira, que eu não suporto. Descobri que ele também não (risos). Como ele estava sempre naquele hotel, fez um chuveiro no quarto. E todo dia eu pedia para usar (risos). Era lindo vê-lo sentado de tarde com uma garrafa de champanhe. Às cinco, seis horas, começavam a chegar a Jeanne Moureau, a Catherine Deneuve. Era lindo ver aquela turma.

Como você passa o tempo, tirando a música e a literatura?
Cozinho, faço entalhe em madeira, mas como amadora. Uns passarinhos. Adoro. Trabalho em cobre também, desde menina. Quando meu pai trabalhava no Correio, me trazia umas folhas e arames de cobre. Sempre achei linda aquela cor, que também estava nos tachos de cobre de minha mãe. Meu pai me ajudava, quando podia. Depois fui olhar o ateliê do Calasans Neto, do Mário Cravo. E fiz um pequeno curso. Para aprender a fazer joias. Já no show Nós, por Exemplo (de 1964, em Salvador) eu e a Gal estreamos um girassol de cobre que eu fiz. Ela sempre com seu vestido preto e eu, como sempre, vestida de branco.

E a passagem dos 70?
Não mudou nada (risos). Estou esperando alguma coisa acontecer. Estou com o mesmo apetite, continuo do mesmo jeito. Muito feliz, como sempre. Sou feliz, igual a minha mãe, nasci com o espírito muito parecido com o dela, de valorizar a alegria, a felicidade, os ganhos, sem deixar de reconhecer as dores, as tristezas. Sou mais enraizada que magoada. Graças a Deus estou bem, com vida e saúde, com amigos lindos, com desejo de trabalho, com ideias.

Com a mãe, Dona Canô
Com a mãe, Dona Canô

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