Agenda: Mostras de Miguel Rio Branco e Toulouse-Lautrec inauguram no Masp


Miguel Rio Branco: Nada Levarei Quando Morrer
;  Toulouse-Lautrec em Vermelho e Tracey Moffatt: Montagens. As três em mostra estão em cartaz no Masp, em São Paulo, de  29/6 a 1/10

O Masp apresenta três exposições simultâneas que, a partir de perspectivas distintas, tratam do tema da sexualidade, eixo curatorial que guia a programação do museu neste ano. A mostra dedicada a Miguel Rio Branco apresenta uma seleção de 61 fotografias da famosa série Maciel, realizada no bairro homônimo em Salvador. Considerado um marco da fotografia brasileira, o trabalho investiga as ambiguidades entre público e privado, além de apresentar a figura feminina como símbolo de resistência.

Em paralelo, o museu também exibe os trabalhos do mestre francês Henri de Toulouse- Lautrec (1864-1901). São 75 obras, entre pinturas, cartazes e gravuras, que estão entre as mais famosas do pintor. As pinturas retratam a vida noturna parisiense, os cabarés, danças em bares, figuras da sociedade, além de cenas do cotidiano dos bordeis, com suas trabalhadoras em momentos de intimidade.

Por fim, há ainda uma exposição das obras de Tracey Moffat, artista australiana que atualmente representa o seu país na Bienal de Veneza.  A mostra ocupa a sala de vídeo do 2º subsolo da instituição com três vídeos da série Montages [Montagens] (1999-2015), realizada de 1999 a 2015, com a colaboração do editor Gary Hillberg. Os vídeos são compostos por fragmentos de filmes clássicos do cinema norte-americano. A partir dessa montagem, a artista cria uma nova narrativa questionando os estereótipos produzidos pela indústria cultural e discutindo questões de raça e gênero.

"Pulsar" (1975), Augusto de Campos
“Pulsar” (1975), Augusto de Campos

O Pulsar, individual de Augusto de Campos na Galeria Luciana Brito, em São Paulo, até 22/7

Com curadoria de Daniel Rangel, a exposição apresenta pela primeira vez, nos mais de 60 anos de carreira de Augusto, suas obras em uma galeria de arte. A seleção inclui trabalhos realizados pelo artista entre 1974 e 1983.
O recorte temporal revela uma produção marcada pela transição do analógico para o digital. Os poemas são apresentados sob a forma de cartazes com tipografias adesivas, vídeos e serigrafia, evidenciando a maneira com que o artista explora o desenvolvimento tecnológico do período.

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Interiores, individual de Dan Coopey na Pivô, em São Paulo, 4/7 a 2/9

A exposição apresenta uma série de esculturas inéditas produzidas pelo artista durante a sua residência no espaço da Pivô. Para a mostra, o artista desenvolveu trabalhos com a ráfia, fibra proveniente de palmeiras usadana fabricação de artefatos trançados destinados ao uso doméstico, como móveis e cestas. A partir de uma estética que já permeia suas outras produções, Coopey debate os limite entre o objeto de arte e o artesanato e a produção de artefatos indígenas na atualidade.

Sem título, Jarbas Lopes.
Sem título, Jarbas Lopes.

Circulovisão, individual de Jarbas Lopes na Galeria Luisa Strina, em São Paulo, até 29/7

A mostra é a segunda individual de Jarbas Lopes na galeria. São apresentados três trabalhos que interligados tratam de questões da física e da poética. Frutos do exercício contínuo de Jarbas Lopes, as produções se acomodam de forma a reafirmarem a sensação de presença de quem contempla a exposição, fazendo referência a uma instalação, mas que mantém a independência de cada parte.

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Falso Histórico, mostra de Beatriz Lecuona e Óscar Hernández na Adelina Galeria, em São Paulo, até 22/7

Inaugurada em abril, a Adelina Galeria apresenta o trabalho dos artistas Beatriz Lecuona e Óscar Hernández, provenientes das Ilhas Canárias. Os dois expõem obras que foram criadas especialmente para a mostra e refletem a sua experiência na cidade de São Paulo. Com curadoria de Raphael Fonseca, a exposição investiga os limites físicos e simbólicos entre o espaço público e o privado. Dialogando com essa questão, os artistas refletem sobre algo que já aparece em suas produções anteriores: o higienismo e sua relação com o desaparecimento e a morte.


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Fluxo Bruto, individual de José Bechara no Museu de Arte Moderna, no Rio de Janeiro, até 24/9

Com curadoria de Beate Reifenscheid, a mostra exibe uma série de trabalhos do artista José Bechara, que celebra seus 60 anos e sua trajetória iniciada em 1992. São obras em grande escala tridimensionais em alumínio, mármore, madeira e vidros planos, além de pinturas sobre lona. O conjunto é formado por trabalhos inéditos, alguns deles desenvolvidos a partir de obras anteriores, que ganharam novas ativações, contaminados pelas demais peças e pelo espaço arquitetônico do museu.


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