Arte e feminismos no combate ao autoritarismo

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Organizado por Edições Aurora • Publication Studio São Paulo e Tenda de Livros, com apoio do programa Cidade Queer (Lanchonete) e Jornal de Borda, o encontro vai debater diversos temas relativos aos feminismos através de três mesas de debate/combate. Serão discutidos desde a destituição da presidenta Dilma Rousseff, o fim do MinC e o pedido de volta do Ministério, até a história das ações das mulheres lésbicas em políticas públicas. Abordando a interseccionalidade das condições de gênero, classe e orientação sexual, se falará também da violência contra a mulher negra, do manifesto feminista negro e de mulheres trans, lésbicas e bissexuais que surgiu como protesto ao feminicídio de Luana Reis, negra, lésbica e mulher morta por policiais militares. A onda feminista no campo artístico também será problematizada: ela advém de um efetivo envolvimento político da arte com a vida, ou se se trata apenas de mais uma captura mercadológica do sistema comercial da arte? Veja abaixo a lista de participantes e a programação completa:

PROGRAMAÇÃO

11-13h > > Combate 1: Ativismo, direitos sexuais e feminismos
Debatedorxs:
Rita Quadros: ativista feminista e do movimento de mulheres lésbicas
Jackeline Romio: ativista do feminismo negro
Carlos Eduardo Oliveira: ativista LGBT e militante da Revolta da Lâmpada
Mediação: Fernanda Grigolin (Jornal de Borda / Tenda de Livros)
Rita Quadros falará da história das ações das mulheres lésbicas em políticas públicas, da caminhada lésbica e das Conferências de Mulheres. A presidenta Dilma Rousseff foi destituída do cargo no meio da 4a Conferência Nacional de Mulheres, onde 3 mil mulheres de todas as regiões do país discutiam proposições de políticas públicas.
Jackeline Romio conversará sobre as narrativas que envolvem o corpo e a violência contra a mulher negra. Abordará o feminicídio racista de Luana Reis, morta por policiais militares pelo simples fato de ser negra, lésbica e mulher. Jackeline falará do manifesto feminista negro e de mulheres trans, lésbicas e bissexuais, feito para protestar contra o assassinato de Luana. Falará também da obra Além dos quartos, o primeiro livro de arte erótica feminista negra do Brasil, que contou com 42 escritoras e onze desenhistas, incluindo uma franco-marroquina e uma franco-sudanesa.
Carlos Eduardo Oliveira abordará a interseccionalidade das condições de gênero, classe e orientação sexual, usando a própria vivência e as de pessoas trans para falar sobre diferenças e desigualdades. Também conversará sobre o movimento Revolta da Lâmpada e espaços que usam atividades artísticas e culturais como forma de resistência e reflexões sobre questões de gênero e sexualidade.

15-17h > > Combate 2: Arte feminista, esfera pública: os anos 1964 e os anos 2016
Debatedoras:
Fabricia Jordão: pesquisadora nos temas arte e ditadura e processos coletivos em arte
Talita Trizoli: pesquisadora nos temas arte e feminismos
Mediação: Júlia Ayerbe (Edições Aurora / Publication Studio SP)
Fabricia Jordão conversará sobre o fim do MinC e o pedido de a volta do Ministério. Caso fosse restituído o status de ministério, como não ser isca de legitimação e naturalização da agenda de um governo golpista? Teríamos condições de articular, desde o interior do aparelho de estado, algum tipo de resistência? Quais as possibilidades e limites dos artistas e intelectuais para intervir nos órgãos e políticas públicas em contextos de ilegitimidade política? Para pensar essas questões e o impasse que vivemos hoje, faremos uma conexão entre dois momentos históricos – o da redemocratização, com a criação da Funarte, e o tempo presente, com a extinção do MinC.
Talita Trizoli falará da questão do feminismo na arte. Presente há cerca de meia década nas atividades e pesquisas de artistas, críticos e historiadores, há algum tempo tema recorrente no cenário brasileiro, devido tanto ao levante de grupos militantes de jovens feministas, como também a uma série de ataques e supressões de direitos representativos das ditas “minorias”. A fim de verificar se essa onda feminista no campo artístico advém de um efetivo envolvimento político da arte com a vida, ou se se trata apenas de mais uma captura mercadológica do sistema comercial da arte, propõe-se aqui apontar alguns dados históricos pertinentes para se compreender essa imbricada relação, e suas possibilidades críticas.

17-18h > > Combate 3: Lançamento Jornal de Borda 3 e Ensaio 6, tradução do artigo “Por que não houve grandes mulheres artistas?”, de Linda Nochlin
Fernanda Grigolin (Jornal de Borda / Tenda de Livros)
Júlia Ayerbe (Edições Aurora • Publication Studio São Paulo)
Laura Daviña (Edições Aurora • Publication Studio São Paulo)

Serviço: Arte e feminismos no combate ao autoritarismo
28/05, das 11 às 18hs
• Aurora: Rua Aurora, 858, 1º andar, cj. 11
Grátis. Não é necessário fazer inscrição.


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