ARTE!Brasileiros indica as exposições da semana

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Fotografia de Sebastião Salgado que integra a exposição

Kuwait, um Deserto em Chamas, Galeria Mario Cohen, São Paulo, até 20/12

A galeria apresenta a exposição inédita de Sebastião Salgado, que consiste em uma série de 16 fotos registradas entre o começo de agosto de 1990 e o fim de fevereiro de 1991, durante a invasão iraquiana no Kuwait. Essa invasão deixou rastros e mais de 600 poços petrolíferos em chamas durante meses.As fotos apresentadas foram tiradas durante a cobertura jornalística feita por Salgado ao jornal americano The New York Times. Com imagens fortes, o fotógrafo narra sua saga pelo deserto tomado em nuvens negras de fumaça, algumas vezes tóxicas, e registra o trabalho e esforço de poucos homens focados em apagar o fogo e cessar o vazamento de petróleo da região.

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“Sciame di Dirigibili”, Hector Zamorra. Foto: Divulgação

Hector Zamora – Dinâmica não Linear, individual do artista no CCBB, São Paulo, de 2/11 a 2/01/2017

Com curadoria de Jacopo Crivelli Visconti, a exposição apresenta a produção do artista mexicano Hector Zamora. São exibidas 24 obras do artista entre videoinstalações, desenhos, esculturas tridimensionais de concreto e tijolos, fotografias, registros de atividades e uma performance em grande escala chamada Ruptura, concebida especialmente para o vão do CCBB de São Paulo. O terceiro e o primeiro andares apresentarão grandes video-instalações como Inconstância material, onde o artista subverte as relações de poder convencionais, ao colocar o trabalhador no centro das atenções do públicoDe caráter original arquitetônico e geométrico, a obra de Zamora propõe uma reflexão sobre temas econômicos e ideológicos.

“Moça no Trigal”, Eliseu Visconti
“Moça no Trigal”, Eliseu Visconti

Eliseu Visconti – 150 anos, retrospectiva do artista na Galeria Almeida e Dale, São Paulo, de 31/10 a 10/12

A Galeria Almeida e Dale promove uma nova exposição para comemorar os 150 anos de nascimento do artista Eliseu Visconti (1866-1945), um dos precursores do modernismo brasileiro, cuja obra começa a ser revalorizada. Com curadoria de Denise Mattar, a mostra traz ao público os principais momentos de sua produção, como as inéditas Busto de Mulher e Baixada de Vila Rica, além de obras que não são vistas há mais de quarenta anos, como Moça no Trigal. A mostra também trará as criações de Visconti para o design, como os Selos Comemorativos do 1º Centenário da Independência (1922) e criações para vasos e moringas. 

"Jóias de papel”, Marepe. Crédito: Ding Musa
“Jóias de papel”, Marepe. Crédito: Ding Musa

Tudo Joia,  Bergamin & Gomide, São Paulo , de 28/10 a 26/11

A exposição apresenta um recorte da produção de artistas do século XX que, por intenções diversas, conceberam e concebem suas criações tendo o corpo como suporte do pensamento artístico. Serão aproximadamente 60 peças em exibição entre criações modernistas como as de Di Cavalvanti e Burle Marx, as contemporâneas de Antonio Dias e Roy Lichtenstein com sua exuberante Pop Art, até aqueles que estão criando pela primeira vez, exclusivamente para a mostra. Ao todo,a exposição reúne 40 artistas consagrados como Amelia Toledo, Tunga, Giorgio Vigna, Ai Weiwei, Sonia Gomes e Rubens Gerchman.

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Trabalho de Jesus Bubu Negrón que integra a mostra. Crédito: Fred Pellachin

Arte e Ativismo na América Latina, Despina, Rio de Janeiro, de 28/10 a 25/11

Neste ano, os artistas Crack Rodriguez, Jesus Bubu Negrón e Luciana Magno participaram de uma residência artística na fundação Despína. Os trabalhos que os três desenvolveram durante este período podem ser conferido na exposição Arte e Ativismo na América LatinaEntre obras audiovisuais, instalativas e performáticas, destacam-se os registros das ações públicas que respondem ao calor do momento político que mobiliza o debate em território nacional e, sobretudo, na cidade. A ARTE!Brasileiros já publicou uma matéria sobre a obra de Luciana Magno, confira aqui.

“Tissu DAfrique”, Gonçalo Ivo. Foto: Divulgação
“Tissu DAfrique”, Gonçalo Ivo. Foto: Divulgação

Gonçalo Ivo: A Pele da Pintura, individual do artista no Museu Oscar Niemeyer, Curitiba, de 28/10 a 26/02/2017

Com curadoria do crítico Felipe Scovino, a exposição apresenta um conjunto de trabalhos do artista Gonçalo Ivo, um dos destaques da década de 80. São exibidos  118 trabalhos divididos em: 42 aquarelas; 44 objetos e  32 pinturas, que percorrem a trajetória do artista nas duas últimas décadas. Na mostra, a curadoria propõe a metáfora da pele como ponto da trajetória do artista, “É uma cor-matéria que vibra incessantemente e também se adequa como uma fina camada epidérmica sobre a tela-corpo, afirma Scovino.

“330 (ou sobre uma única viagem)”, Camila Fialho e José Viana. Foto: Divulgação
“330 (ou sobre uma única viagem)”, Camila Fialho e José Viana. Foto: Divulgação

330 (ou sobre uma única viagem),  Museu da Imagem e do Som, até 27/11

A exposição 330 (ou sobre uma única viagem) , da dupla  paraense Camila Fialho e José Viana, foi selecionada para a Temporada de Projetos 2016 do Paço das Artes, que atualmente expõe no Museu da Imagem e do Som.A mostra problematiza o processo de industrialização da região amazônica. Os artistas expõe uma obra que dá nome a exposição e é composta por 330 pequenos objetos escultóricos que são organizados como se percorressem um trilho imaginário. O número de peças faz referência à quantidade de vagões do maior trem que transporta pela Estrada de Ferro dos Carajás o minério extraído de pequenas cidades do Pará até o porto Ponta da Madeira, em São Luiz. 

Fotografia de Andreas Valentin que integra a mostra
Fotografia de Andreas Valentin que integra a mostra

Berlin <> Rio: Trajetos e Memórias, Centro Cultural Justiça Federal, Rio de Janeiro, até 8/01/2017

Vencedor do Prêmio Marc Ferrez de Fotografia no ano passado, Andreas Valentin recuperou registros e documentos de sua família na Alemanha. O resultado é a exposição Berlin<>Rio: Trajetos e Memórias. Um dos destaques é uma intimação da Gestapo, datada de 1930, quando seu avô e seu pai foram forçados a deixar o país por causa do nazismo e iniciaram a vida como expatriados no Rio de Janeiro. Durante um ano, Andreas revisitou todos os lugares frequentados por seu pai em uma viagem à Berlim em 1975 e produziu o ensaio que retrata a cidade pelo olhar da memória.


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