Patricia Rousseaux, diretora editorial da ARTE!Brasileiros. Foto: Nellie Solitrenick
Patricia Rousseaux. Foto: Nellie Solitrenick

Coincide com o movimento que observamos, nacional e internacionalmente, a matéria A roda continua girando, de Marcos Grinspum Ferraz, publicada nesta edição. A crise econômica e social internacional que se instaurou a partir de 2008 rasgou ilusões de uma estabilidade que a rigor sempre é fictícia e trouxe à tona a fúria dos que não se conformam em “ter” um pouco menos e daqueles que, tendo ganho certo “status” econômico-social, acreditavam ter tocado o céu com as mãos. Assim, bradam esbaforidos, criando um clima de catastrofismo que não se reflete no dia a dia de quem produz, cria e vai atrás dos seus desejos. Um catastrofismo covarde que só pode paralisar.

A realidade vai muito além de tudo isso. Temos pendências históricas a resolver e não temos tempo. Várias matérias desta edição refletem sobre isso. Enquanto alguns espaços públicos institucionais estão sendo abandonados, outros estão nascendo. Precisamos entender esse movimento e ver se as prioridades estão sendo levadas em consideração. O papel do Estado no seu dever de provedor de Educação e Cultura está longe de resolver essa defasagem histórica e as iniciativas privadas e individuais, que têm crescido, ainda são insuficientes.

Não obstante, o que também refletem as matérias é que todos os agentes da cultura e da arte contemporânea estão trabalhando. Bienais enxugando custos, mas viabilizando seu papel de provocadores de discussão. Exposições e galerias sendo inauguradas, livros sendo lançados por novas editoras (como sempre, umas são fechadas e outras  abertas) e inúmeras iniciativas de reflexão – seminários, palestras, cursos – mostram o quanto a arte cresce como parte do laço social.

Nós estamos aqui, firmes, pensando e trabalhando. Nas redes, na ARTE!TV, na versão digital, nacional e internacional da revista, nos TALKS sobre colecionismo latino-americano em abril junto à SP-Arte e ainda este ano, em setembro, junto à 32ª Bienal Internacional de São Paulo, com o IV Seminário Internacional ARTE!Brasileiros: REALIDADE E ARTE CONTEMPORÂNEA.

Vamos em frente.

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