Em 2013, o mercado de arte brasileiro cresceu, se internacionalizou, ganhou maior confiança dos colecionadores estrangeiros, e segue com boas perspectivas para 2014. Estes são alguns dos resultados revelados pela 3ª Pesquisa Setorial Latitude, realizada pela Associação Brasileira de Arte Contemporânea (ABACT) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). A pesquisa contou com a participação de 45 galerias nacionais nesta edição, a maioria de Rio e São Paulo, e mostra também um mercado interno bastante aquecido.
Com aumento médio de 27,5% no volume total de negócios em 2013, as galerias tiveram bons resultados impulsionadas principalmente pelas vendas no mercado nacional (85% do total), mais especificamente de colecionadores particulares (76%). Ao todo, 90% das galerias aumentaram os volumes de negócios e 60% aumentaram a equipe de trabalho. A pesquisa mostra ainda que mais artistas passaram a ser representados e que as obras vendidas são, em sua maioria, pinturas e fotografias – seguidas por esculturas, desenhos e outros tipos de objetos. A videoarte, mesmo com o destaque que ganha em exposições e mostras, ainda representa apenas 1% do montante.
Apesar do volume de vendas para exterior ser de apenas 15% do total – número semelhante ao da pesquisa de 2012 – os dados mostram uma internacionalização da arte brasileira. Ou seja, há maior participação das galerias do País em feiras internacionais (75% delas participaram de pelo menos uma em 2013), e uma diversificação dos destinos das obras (destaque para EUA, França, Reino Unido, Colômbia e Suíça). Além disso, há um número crescente de parcerias de galerias nacionais com estrangeiras, e um montante maior de artistas de fora representados no Brasil.
Outro dado importante revelado pela consultora Ana Letícia Filho, que conduziu a pesquisa, se refere à visão otimista dos colecionadores estrangeiros sobre o mercado brasileiro. Um levantamento com 105 entrevistados realizado pela ArtTatic mostra que 40% deles já adquiriram obras de artistas brasileiros, e 74% pretendem fazê-lo nos próximos anos. Além disso, 88% dos participantes dizem ver grande qualidade na produção nacional, e 54% acreditam que o mercado brasileiro irá se desenvolver nos próximos 12 meses.
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