Mercado de arte global cresce, mas vendas em leilões caem

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Feira de arte Tefaf. Foto: Divulgação / Harry Heuts

Em 2016, o mercado de arte internacional cresceu 1,7% em relação ao ano anterior. No total, as vendas globais atingiram US$ 45 bilhões. Outra novidade diz respeito aos leilões, cujas vendas tiveram uma queda de 18,8% em comparação com o valor de 2015. A alteração mais significativa ocorreu nos EUA, onde o valor das aquisições caiu 41% .

Os dados constam no relatório anual encomendado pela Tefaf (The European Fine Art Fair), uma das feiras de arte mais importantes do mundo, que abre neste sexta-feira (10) em Maastricht, na Holanda. Segundo a pesquisa, as vendas privadas equivalem atualmente a cerca de 70% de todas as aquisições a nível mundial.

O relatório explica que essa alteração se deu devido a uma mudança de comportamento dos próprios consumidores: “A natureza do mercado dos marchands proporciona privacidade e anonimato aos colecionadores, particularmente aos colecionadores de obras de valor elevado. Eles estão mais inclinados a concretizar negócios longe da publicidade dos leilões”.

Tendo isso em vista, os marchands estão confiantes. Cerca de  70% dos consultados pela pesquisa acreditam que a sua base de clientes aumentará e 67% afirmam que as plataformas de vendas on-line, tanto os seus próprios websites como os sites de terceiros, são cada vez mais importantes e terão um maior impacto na sua rentabilidade no futuro.

A pesquisa ainda aponta que a Europa continua a ser o continente mais significativo, tendo as vendas excedido os $20,5bilhões, seguida pela América ($14,5bilhões) e pela Ásia (quase $10bilhões). Em mercados específicos, os EUA totalizaram 29,5% de todas as vendas, seguindo-se o Reino Unido com 24% e a China com 18%.

Neste cenário, o mercado da América do Sul representa apenas 3% das vendas globais. Apesar da pequena participação, o relatório afirma que a presença do subcontinente no mercado global tem crescido, com um aumento do número de galerias.

Outro dado relevante diz respeito aos interesses dos colecionadores. As obras de artistas como Andy Warhol, Pablo Picasso, Amedeo Modigliani, Francis Bacon e Cy Twombly, por exemplo, registaram uma queda abrupta no seu desempenho em leilão, o que pode ter causado impacto nos resultados globais das casas leiloeiras


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