Um espaço para ilustres pouco conhecidos

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Depois de desenvolver, em paralelo à exposição de galerias, uma programação voltada para a performance, a SP-Arte, nesta edição de abril, criará uma nova curadoria artística chamada Repertório. A novidade vai contemplar a produção de artistas brasileiros e estrangeiros de carreiras “sólidas”, como define o curador Jacopo Crivelli Visconti.

A intenção, ele diz, é apresentar brasileiros com pouca projeção no exterior e artistas estrangeiros também pouco conhecidos no País. A seleção também segue o critério de observar produções de nomes nascidos antes dos anos 1950.

Neste ano, a mostra tem peças assinadas pelo alemão Lothar Baumgarten, o italiano Pino Pascali e o britânico Richard Long. Na seção dedicada aos brasileiros, haverá Mario Cravo Neto, Rubem Valentim e Guilherme Vaz. Visconti destaca, do conjunto, a obra de Baumgarten, que produziu a partir de viagens pelo Brasil, mais especificamente pela Amazônia.

O espaço que a mostra ocupa, diz o curador, “é bastante convencional do ponto de vista arquitetônico, porque a ideia foi fazer uma transição o mais fluida possível entre a feira e o Repertório”. Ele conta ainda que vem trabalhando com a SP-Arte há alguns anos com curadorias correlatas. “Há tempos, tinha a ideia de introduzir uma seção de caráter mais histórico, para contribuir com o que considero ser um papel institucional e de formação que a feira vem cumprindo no panorama brasileiro”, disse à ARTE!Brasileiros.

Vinte galerias nacionais e estrangeiras participam pela primeira vez nesta edição da feira, que, realizada anualmente no Pavilhão da Bienal, é considerada a mais importante do País.
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Entre as novidades, estão as galerias Taka Ishii, do Japão, e a londrina White Rainbow, que é especializada em arte japonesa. Ambas darão destaque à fotografia do país. 

De Berlim, vem a galeria KOW, e, de Nova York, a Cheim&Read, que trará trabalhos de Louise Bourgeois, Lynda Benglis e Joan Mitchell. De Portugal, as novidades são as galerias Francisco Fino, Madragoa e Kubikgallery.

Na abertura da semana do festival, a feira também expande sua programação para o Galpão VB, na Vila Leopoldina. A parceria com o Videobrasil resulta na mostra Nada Levarei Quando Morrer, Aqueles que me Devem Cobrarei no Inferno, com uma seleção de trabalhos em vídeo de artistas brasileiros centrais da cena contemporânea.

Pela segunda vez, nos dias 3 e 4 de abril, a SP-­Arte também promove uma visita guiada por galerias de São Paulo. O programa Gallery Night passará pela Vila Madalena, por Pinheiros, Itaim e Jardins, bairros que concentram importantes galerias paulistanas.

Neste ano a feira também repete, pela terceira vez, a programação de performances (realizada pelo Centro Universitário Belas Artes) e terá novamente seção dedicada ao design. Também haverá o clico de debates TALKS, que a Sp-Arte organiza em parceria com a ARTE!Brasileiros. O evento, que acontece entre 6 a 9 de abril, tratará de temas como arte e resistência e o design contemporâneo.


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