Em SP, DJ Tudo faz show de pré-lançamento de compacto com tema de devoção à Iemanjá

DJ Tudo (de branco, ao lado de Dona Anecide Toledo, vestida de azul), os músicos da banda Gente de Todo Lugar e convidados que participaram da gravação do compacto Pra Iemanjá. Foto: Divulgação / Selo Mundo Melhor
Da esquerda pra direita: Luiz Soliano, Marcelo Monteiro, Filipe Nader, Gustavo Souza, Amilcar Rodrigues, Rafael MArtinez e João do Batuque. Sentados: Cesinha, Kelli Garcia, Dona Anecide de Toledo, DJ Tudo e Rafaella Nepomuceno. Foto: Camila Loreta

Na noite desta terça-feira (20), DJ Tudo, alter ego do compositor, produtor e pesquisador Alfredo Bello, apresenta no Mundo Pensante, em São Paulo, o show de pré-lançamento do compacto Pra Iemanjá. A apresentação integra o Terça Open House, projeto semanal, com shows gratuitos, idealizado pelo produtor Paulo Papaleo, dono do espaço cultural sediado no Bixiga, que serve de vitrine para trabalhos musicais autorais.

No encontro de hoje, DJ Tudo (contrabaixo, voz e computador) estará acompanhado de sua banda, Gente de Todo Lugar, formada por Amílcar Rodrigues (trompete), Felipe Nader (sax barítono), Marcelo Monteiro (sax tenor e flauta), Rafaela Nepomuceno (percussão) e Martinez (guitarra). Além de outros convidados, o grupo foi o responsável pela execução dos arranjos das composições Pra Iemanjá e Moda do Racismo/ Sinhá Sereia, lado B do compacto, que será o primeiro trabalho prensado pela Vinil Brasil (leia reportagem que conta a história da criação da nova fábrica). 

Com influência do jazz afro-brasileiro praticado por pioneiros como os maestros Moacir Santos e Abigail Moura, Pra Iemanjá conta com arranjo percussivo escrito por uma longeva parceira do produtor, a baterista e percussionista Simone Sou, ex-mulher do músico, radicada na Holanda. A apresentação de hoje, contará com a presença de Simone.

Para o registro fonográfico de Moda do Racismo/Sinhá Sereia, DJ Tudo contou com a participação especial de Dona Anecide Toledo. Natural de Capivari, aos 86 anos, ela, que é considerada a mais importante compositora e intérprete da tradição do batuque paulista, personifica um símbolo de resistência dessa cultura regional no estado. Dona Anecide e o produtor se conheceram em 2000, durante a Festa de São Benedito de Tietê, no município paulista.

Há 15 anos, Alfredo Bello se dispõe, de maneira solitária, a fazer uma cartografia particular da produção musical de matrizes ameríndias e africanas presentes nos recantos mais profundos de nosso País. Criador da gravadora Mundo Melhor, pelo selo independente sediado em São Paulo ele já lançou mais de 20 álbuns que registram a riqueza dessa cultura ancestral. Essa faceta do músico foi retratada em perfil publicado na edição 101 de Brasileiros, de dezembro de 2015.
Leia a reportagem na íntegra.

MAIS
– Para maiores detalhes do show, acesse
– Para comprar o compacto e ouvir outros trabalhos, visite a página do Mundo Melhor
– Acesse o canal de DJ Tudo no Spotify, nele é possível ouvir Gaia Music, vencedor da 27ª edição do Prêmio da Música Brasileira na categoria Álbum Eletrônico. 
– Veja abaixo videoclipes de Pra Iemanjá e Moda do Racismo/Sinhá Sereia



 


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